Indústria do plástico

O mundo resolveu declarar guerra ao plástico, um dos maiores poluidores do meio ambiente, material presente em quase todas as embalagens e que demora séculos para se decompor na natureza. Estima-se que mais de oito milhões de toneladas de lixo plástico cheguem aos oceanos por ano, matando cerca de 100 mil animais marinhos. O Reino Unido anunciou, em 2018, que trabalha alternativas com a indústria fabricante de plástico para reduzir o consumo do material em seu território.

A União Europeia propôs uma série de medidas que visam proibir produtos descartáveis, como cotonetes, pratos e talheres, usados uma única vez. Em julho, o prefeito do Rio de Janeiro sancionou uma lei municipal proibindo o uso do canudo de plástico em alguns estabelecimentos comerciais da cidade, como restaurantes, bares, lanchonetes e padarias. O objeto representa cerca de 4% de todo o lixo marinho presente nos oceanos.

Em Fortaleza, tramita na Câmara Municipal, projeto semelhante, de minha autoria, que estimula o uso dos canudos fabricados em material biodegradável e reutilizável. Cresce o número de pessoas que já não usam canudos plásticos, alguns bares de Fortaleza, por exemplo, não oferecem mais o objeto a seus clientes. Com todo esse movimento acontecendo, pesquisas acadêmicas que desenvolvem plásticos biodegradáveis, como ocorre na Universidade Federal do Rio Janeiro, precisam de maior fomento do governo, a indústria do plástico tem que se adaptar, fabricando embalagens alternativas, sustentáveis, baratas e que não prejudiquem a vida marinha.

Iraguassú Filho
Vereador de Fortaleza