Hora da mudança

O País vive atualmente sob o império do ódio, alimentado pelas várias midias. O episódio contra Lula - " joga este lixo pela porta do avião" - bem demonstra a sanha vingativa de indivíduos sectários. Para um país de formação cristã, nascido sob o signo da Cruz, é de todo inadmissível a ação de grupos criminosos espalhando o terror, a destruição e a morte em todos os quadrantes da vida nacional.

Os entrechoques diários entre facções, milícias, traficantes de drogas e armas evidenciam o tamanho da crise, e da verdadeira guerra civil travada entre poderosos grupos de poder sem nenhum respeito pela vida humana e pela conservação do patrimônio público e privado. O povo, bom e ordeiro, é a grande vítima desse quadro de horror. Rios de lágrimas têm rolado de milhões de olhos inocentes - de pais, de irmãos, de filhos. Vive-se grave crise de (des)humanidade. Ou de identidade. O futuro se desenha nebuloso, e o povo, sem pastor, clama no deserto do abandono onde se encontra. Bate às portas oficiais, e estas não se abrem. Lá dentro estão travando a luta pela manutenção do poder a qualquer preço. E o povo não quer corrupção: quer escolas, saúde, emprego, casas, segurança pública e saneamento, enfim, todo um conjunto propositivo de boas ações. As eleições estão também à porta, e é preciso saber escolher os melhores, mesmo entre os piores. E assim talvez seja possível acreditar num futuro melhor. Com cada um e todos mudando a sua conduta pessoal, cumprindo seus deveres cidadãos sem fraudar o fisco e o próximo, e sem almejar tão só os direitos inscritos no art 5º. Da Carta Cidadã.

Eduardo Fontes
Jornalista e administrador