Greves superadas

Após conturbados dias de greves e agitações, o País volta à normalidade, gradativamente, com danos financeiros astronômicos, além da inquietação que dominou o nosso território, deixando perplexos os dirigentes da República e a totalidade da população. Ante inusitados episódios, em nossa tradição, delongado conjunto de lideranças gerou-se, imerso na espera da aguardada estabilidade, com o retorno da paz e da vida tranquila dos nossos compatrícios. Incidentes graves registraram-se nas estradas, com milhares de veículos e aviões paralisados, por falta de abastecimento, impossibilitados de cumprirem com os roteiros programados. A reação do governo Central, com o seu Titular à frente, em jornadas ininterruptas de trabalho, buscou alternativas conciliadoras, ao longo de demoradas negociações, algumas delas, reformuladas em instâncias do Executivo e de entidades sindicais mais responsáveis.

A contabilização dos danos chegou a cifras vultosas, compelindo o Poder Central a procurar alternativas que, gradualmente, recompusessem o Erário. Este arcou com parcelas orçamentárias extras, sem o que a fase cruenta não findaria. Mesmo as lideranças mais veteranas confessam não ter havido antes algo assemelhável, pois na fase aguda, a paralisação alcançou amplitude inquietadora. Foi a intervenção militar em campo que a sobrestou como imposição de uma dramática realidade que a todos apavorou pela sucessão de gravames imprevisíveis. Depois de passar pela incidência de tantas angústias e prejuízos, é o caso de aparecer, em cena, a máxima bíblica que diz: "A paz voltou a reinar no seio de Abraão".

Mauro Benevides
Jornalista