Esboço sucessório

Contando com ponderável número de aspirantes à Presidência da República, teve início a articulação dos Partidos, promovendo avaliações das possibilidades que dimensionam o potencial de apoio a que cada um deles aspira e pode capitalizar no âmbito de um eleitorado de tendências imprevisíveis. Os institutos de pesquisa, por sua vez, buscam estimativas, divulgando percentuais de momento para serem comparados com as sondagens anteriores conhecidas. Ainda não se sabe se Temer entrará no páreo, pois muitos dos seus correligionários também pretendem, já que consideram o MDB como aquela agremiação detentora da maior gama de apoio. Mesmo com o eventual desgaste do Palácio do Planalto e as tentativas de tisnar a imagem do seu Titular, ainda impreciso na sua comentada e hipotética deliberação com a chancela do partido do qual é o seu vulto mais preeminente na atual conjuntura. Geraldo Alckmin mostra-se preocupado com o problema Aécio Neves e chega mesmo a afirmar que melhor seria que o líder mineiro não concorresse nesta eleição, evitando desgaste no portentoso eleitorado mineiro. Somente no período das convenções, quando junho vier, é que todas essas especulações serão ou não positivadas, tudo dependendo de diretrizes que orientarão as decisões de cada um dos segmentos concorrentes. Os mais experientes em batalhas eleitorais dessa magnitude entendem que somente nos programas televisivos os postulantes terão condições de confirmar, de maneira positiva, sobre a escolha do eleitorado que transparecerá com maior nitidez. Até lá, assistiremos a um autêntico "Deus nos acuda!"

Mauro Benevides
Jornalista