Embate nas urnas

A sucessão federal passa a assumir contornos inigualáveis diante da pletora de aspirantes à primeira magistratura do País, com os candidatos realizando coligações, empenhadamente, sem levar em conta programas de governo, reputados como essenciais para que o eleitor mais esclarecido defina sua preferência na competição de 7 de outubro. Há quem prognostique uma lista de 15 concorrentes à curul governamental, embora cerca de meia dúzia de pretendentes acumule elevado percentual de aceitação popular, em legendas de maior acolhimento na Capital e no interior. Mesmo nomes sem muita evidência na vida pública encorajam-se para disputar a chefia do Executivo, visando ao cargo, hoje, confiado a Michel Temer.

Este, ainda, não se decidiu se será ou não candidato à reeleição, sob a legenda do MDB, com o apoio previsível de outras siglas. Até junho, esperamos uma decisão final dos Partidos, antecedendo as convenções, sequenciadas pela deflagração das respectivas campanhas, em todos os 5.570 municípios. A disputa tenderá, certamente, ao segundo turno, a exemplo do que ocorreu nas duas últimas batalhas urnísticas, quando Dilma Rousseff e Aécio Neves pugnaram, ardorosamente, para obter a maior quantidade dos votos. A partir do próximo mês, portanto, a mobilização intensificar-se-á, paralelamente, aos programas gratuitos no rádio e na televisão, bem assim nos debates autorizados pela Justiça Eleitoral. Mas, é sempre o povo quem decide, na sua soberania, identificando os melhores, em condições de comandar os anseios nacionais. O eleitor decidirá, nos moldes democráticos, os rumos do nosso Brasil...

Mauro Benevides
Jornalista