Diplomação de Bolsonaro

Após a vitória de Jair Bolsonaro como presidente da República, o Tribunal Superior Eleitoral aproxima-se do ato da posse, a 1º de janeiro, quando encerra a missão árdua, confiada a Michel Temer, depois do impeachment da antecessora, que teve preservados os direitos políticos, numa sutileza processual que permitiu a ela disputar mandato eletivo, o que aconteceu, no pleito passado, sem sucesso, quando concorreu ao Senado por Minas Gerais, para onde transferiu seu domicílio eleitoral.

Antecipando-se ao ato solene, já foram formadas as equipes do primeiro e segundo escalões, estruturadas pelo próprio novo dirigente, selecionando pessoas que, a seu juízo, o ajudarão a conduzir os nossos destinos, nos próximos quatro anos, como previsto constitucionalmente.

A incumbência que lhe foi outorgada, por expressiva maioria, exigirá esforços inauditos, para superar enormes dificuldades, a começar pela almejada reforma previdenciária, na pauta de decisões, até agora, mas sem um deslinde que atenda à realidade insistentemente reclamada, há vários anos.

Afirma-se que o titular do Planalto se encarregará de promover entendimentos com o Congresso, embora o seu chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, seja o articulador-mor, por sua experiência no Legislativo, no qual representa o povo gaúcho.

Os parlamentares, a empossarem-se em fevereiro já demonstraram boa vontade em colaborar, mesmo o aspecto polêmico da matéria ensejando discordâncias, superáveis, se houver uma articulação direta do presidente, que pontificou no Parlamento, com destaque, sempre presente na Tribuna, mas com maior veemência no Plenário e nas Comissões que integrava.

Como há um adágio segundo o qual “confiança se adquire...”, o chefe do Executivo poderá consignar, em um tema controverso, o respaldo para implantar essas e outras alterações, reputadas essenciais ao seu governo e à Nação brasileira.