Devastação ambiental

A humanidade celebra, neste 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente, instituído em 1972, durante conferência das Nações Unidas sobre o tema, em Estocolmo. Seu objetivo é o de levar o mundo a discutir a questão ambiental e a preservação dos recursos naturais, muitos deles à beira do colapso total. A situação climática, a poluição atmosférica, desmatamento e perda da biodiversidade são alguns dos aspectos enfatizados pelos que se preocupam com a qualidade de vida no mundo em que vivemos.

As nações mais poluidoras, como os Estados Unidos e a China, têm sido renitentes em estabelecer limites para conter a fumaceira que emitem para a atmosfera, destruindo a camada de ozônio e acelerando o processo de aquecimento global. A situação atual é alarmante, pois o virtual candidato do Partido Republicano à Casa Branca, o polêmico magnata Donald Trump, já avisou que, sendo eleito, revisará para baixo as metas fixadas por protocolos internacionais sobre o clima chancelados pelos EUA. Trump não está "nem aí" para os estragos causados por seu país.

Enquanto isso, o mundo inteiro sofre os efeitos da devastação. No Brasil, a Mata Atlântica, que ocupava 1,3 milhão de km2 à época do descobrimento, está reduzida a menos de 12,5% do que restou. O mesmo ocorre em áreas da Amazônia, onde o desmatamento criminoso avança.

A destruição da biodiversidade e o tráfico de animais silvestres são outras agressões de grande impacto. Nos últimos 500 anos, 608 espécies de animais - 311 delas, de vertebrados - foram extintas, pela eliminação de ecossistemas, caça e pesca predatórias, substituição de florestas por plantações e introdução de espécies estranhas aos habitats. Japão e Noruega seguem caçando baleias impiedosamente, enquanto, na África, os nativos da famosa tribo massai, que preservam suas tradições e a defesa dos animais, estão perdendo terras para bilionários ávidos por adquirir áreas destinadas a safáris, tencionando caçar leões, elefantes e outras espécies selvagens.

É preciso reverter este dramático quadro com urgência, se quisermos legar um planeta melhor às futuras gerações.

GILSON BARBOSA

Jornalista