Deus e Jesus

Deus existe e é o essencial. Não vades além, pois acreditaríeis saber quando na verdade nada saberíeis. Entraríeis num labirinto donde não lograríeis sair. Tendes coisas que vos tocam mais de perto, a começar por vós mesmos. Examinai as vossas próprias imperfeições a fim de vos libertardes delas, o que será mais útil do que pretenderes penetrar no que é impenetrável" (Allan Kardec -1804-1869). Dediquei a Semana Santa a ler um pouco sobre algumas colocações de Allan Kardec, de cujas obras pincei o conceito de Deus que epigrafa este texto. Embora se saiba que Deus não se personifica, ao contrário de Jesus, cultiva-se o hábito de se dirigir a Ele como se fora uma pessoa. Tanto é que a exclamação "Oh, meu Deus!" é comum em vários idiomas, o mesmo ocorrendo com o nome "Jesus". Jesus é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, para servir-lhe de guia e de modelo. O Profeta de Nazaré está descrito assim no livro "Há 2000 Anos", de Fco Cândido Xavier 32.Ed FEB1999 pág.85.

Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível. Ao fim e ao cabo, o que vale é a fé que anima os homens. Quer chamem por Deus ou por Jesus Cristo, poderão ser atendidos, de acordo com a fé que os incentiva a crer e o seu merecimento.

Pedro Roberto Sampaio
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