Definir candidatura

No âmbito geral, perdura a expectativa em relação à cogitada candidatura de Michel Temer à primeira magistratura do País, uma vez que, até o momento, não se cogitou nenhum outro nome para a disputa. Os analistas afirmam ser o MDB a força majoritária no contexto do embate para o qual convergem as atenções da opinião pública brasileira. Mesmo os líderes mais próximos do titular do Planalto, a exemplo de Eliseu Padilha, Moreira Franco e Romero Jucá, este, presidente da agremiação Ulyssista, nenhum dos três se dispôs, até agora, a vir a público para confirmar ou não o intento do chefe do Executivo de se transformar na bandeira de luta dos emedebistas, na competição de outubro vindouro. No discurso que proferiu na última terça-feira, ao empossar 11 ministros, o seu aplaudido pronunciamento fez com que muitos vaticinassem uma próxima definição sua para a luta eleitoral. Foram levados em conta os êxitos até aqui consignados, especialmente, a baixa dos juros e a elevação do número de empregos, itens fundamentais para a consolidação da popularidade junto à massa de votantes. Se o Movimento Democrático Brasileiro, com diretórios em quase todos os municípios do País, é detentor de ponderáveis bancadas no Senado, na Câmara e Assembleias Legislativas, além das Câmaras Municipais, há uma base consistente, em condições de oferecer sustentação ao seu nome. Este vai permanecer em evidência, na mídia, como titular do Executivo, aparecendo, sempre, com o anúncio de uma boa nova para contemplar os nossos compatrícios. É o caso de repetir-se o conhecido jargão popular: "ninguém perde por esperar"

Mauro Benevides. Jornalista