Decisões políticas

Na presente campanha eleitoral, a realização de debates seguidos entre os postulantes à Presidência da República é a sistemática mais evidente, até que se inicie, com efetividade, a corrida sucessória com os comícios, programas de rádio e televisão. No debate recente, entre vários dos postulantes ao Poder Executivo, levado a efeito sob o patrocínio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), houve ampla cobertura da mídia, dando lugar a que se conhecessem pontos de vista antagônicos, em torno de temas de palpitante atualidade.

Na proporção em que se vai desenrolando a refrega, muitas divergências devem aflorar, como é natural, oferecendo um nível realístico, acerca de questões relevantes para os destinos do nosso País. Henrique Meirelles, como é do seu habitual estilo, prepara-se para tornar claros os seus pontos de vista, logo após a Convenção. O MDB deverá intensificar os seus encontros regionais, capazes de aproximar o ex-ministro da Fazenda dos seus novos correligionários, liderados pelo senador Romero Jucá. As inclinações da massa votante tornar-se-ão bem nítidas, a partir de agosto, quando as preferências começarem a despontar no cenário de uma árdua disputa, sobretudo pelo avultado número de pretendentes ao Palácio do Planalto, ora ocupado por Michel Temer.

A estrutura multipartidária chega a confundir os eleitores, embora a escolha pessoal se processe na consciência dos que votam, quanto mais próximo estiver o dia 7 de outubro. Até esta data, dir-se-á que o eleitorado aguardará "o andar da carruagem", para decidir em quem vai sufragar, com preferência e convicção...

 

Mauro Benevides
Jornalista