Data cívica

A data é sete, número cabalístico, considerado perfeito pelos numerólogos. No Gênesis, Deus criou o mundo e no sétimo dia descansou. Também é domingo, dia do Senhor, e o primeiro da semana. O 7 de outubro vindouro marca no calendário eleitoral o dia das eleições, quando os brasileiros aptos ao exercício do voto comparecerão às urnas para a escolha dos candidatos a Presidente da República, governador, senador, deputado federal e estadual. É uma data significativa para a sempre "jovem" democracia brasileira, atacada não só pelo cupim da corrupção, como pelas muitas interrupções ao longo da história republicana, marcada por golpes e contragolpes. Também no dia 5 próximo, a Constituição Cidadã de 1988 completa 30 anos de vigência, sendo a mais longeva das Constituições pós-República. Portanto, o dia 5 e o dia 7 de outubro inscrevem-se como datas cívicas, pois a Constituição é a guardiã das eleições, e a efetivação destas é por sua vez a garantia do processo democrático. Portanto, nada de fugir às urnas, mas sim comparecer às sessões eleitorais para escolher, no meio do joio, aqueles nomes mais representativos para os cargos eletivos da Nação. Eximir-se de votar, anular o voto é deixar de usar a arma da cidadania para se associar àqueles inimigos da democracia. Pelo voto é possível acreditar em mudanças e em melhores dias. Aprende-se a escolher votando, como os erros do passado contam para o acerto presente. A criança só aprende a andar, caindo, e levantando-se. E assim é a vida. E o exercício da democracia. Votar, não é só um imperativo constitucional. É também um dever cívico.

Eduardo Fontes
Jornalista e Administrado