Culto à paz

O mundo cristão celebra a sua maior data do calendário religioso - a Páscoa. Nela celebra-se a ressurreição de Jesus Cristo que, segundo narrações bíblicas, teria ocorrido três dias depois de sua crucificação, constituindo-se na principal festa do ano litúrgico cristão, e, certamente, uma das mais antigas, surgida nos primeiros anos do Cristianismo.

Numa reflexão mais profunda e hodierna, a Páscoa convoca cada cidadão a superar os sinais da morte, e a termos uma convivência social mais respeitosa, fraterna, mercê o grande mandamento deixado por Jesus Cristo: "amai uns aos outros, assim, como eu vos amei", numa síntese de que não há amor maior do que amar o irmão, amar ao próximo.

Neste momento de tanta desagregação social, no Brasil, caos político, disputa de interesses partidários, mergulhada numa crise política, sem precedentes, com reflexos em nossa economia, o significado teológico da Páscoa conclama o povo brasileiro, cristão, não cristão, a assumir a "cultura da paz", nas pessoas, na família, na comunidade, nas escolas, nas redes sociais com o objetivo maior de que todos, indistintamente, se empenhem, efetivamente, na construção da justiça social e superação desta crise, que se arrasta, há anos.

Para o papa Francisco: "a violência e agressividade tornam as pessoas inseguras, desumanas para o resto da vida". O caminho da Páscoa é termos a esperança de melhores dias preenchidos com a luz maravilhosa de um Cristo ressuscitado, que se doou, integralmente, até a morte, para salvar a humanidade do pecado. Feliz Páscoa a todos.

Bosco Gonçalves. Escritor