Contra o racismo

Em 21 de março, comemorou-se o Dia Internacional

Contra a Discriminação Racial, lembrando o Apartheid, período de segregação racial adotado entre 1948 e 1994, na África do Sul. Em 1960, estudantes da cidade de Shaperville foram violentamente oprimidos pela Polícia, 69 morreram e 186 ficaram feridos.

Os próximos anos são fundamentais para essa luta. Estamos vivendo a Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024), promulgada pela ONU. A ideia é chamar a atenção do mundo para as desigualdades sociais sofridas pela população negra. No Brasil, ganha destaque a campanha "Vidas Negras - pelo fim da violência contra a juventude negra no Brasil", lançada em novembro de 2017.

De acordo com a ONU, sete em cada dez pessoas assassinadas no Brasil são negras. Entre 2005 e 2015, a taxa de homicídios, por 100 mil habitantes não negros, teve uma queda de 12%, enquanto entre negros aumentou 18,2%.

O objetivo é sensibilizar a sociedade, gestores públicos, sistema de Justiça, movimentos sociais e setor privado para os impactos do racismo, restrição de direitos e liberdade da juventude negra brasileira.

Lutar contra o racismo é uma obrigação de todos, e reconhecer a dedicação de algumas pessoas é necessário. Com este intuito, tramita na Câmara Municipal de Fortaleza o Projeto de Resolução Nº 001/2018, de minha autoria, que cria a Medalha do Mérito Humanitário Zumbi dos Palmares, para homenagear personalidades ou entidades que se destacam em ações de combate ao racismo e a promoção da igualdade social.

Iraguassú Filho. Vereador de Fortaleza (PDT)