Canal do Panamá

1958. Colégio Lourenço Filho. Aula do professor de Geografia João Hipólito Campos de Oliveira. Tema: Canal do Panamá. Depois, o Instituto Brasil- Estados Unidos (IBEU) exibiu filme, no auditório do Colégio, narrando a história da construção da obra. Imaginada pelo colonizador do Panamá Vasco Núñez de Balboa, no século 16, somente teve início com os franceses em 1880. Problemas de engenharia e a mortandade de perto de 20 mil trabalhadores, vítimas da malária e febre amarela, levaram a França a parar os serviços. Os USA assumiram a empreita em 1904 e, em 15/8/1914, inauguraram o Canal. Mais de 5 mil operários faleceram nessa fase. Ligando o Atlântico ao Pacífico, com 77,1 km de extensão, suas eclusas elevam ou baixam embarcações, compensando os 26 metros de desnível entre aqueles oceanos. O S.S. Ancon, na data inaugural, foi o primeiro navio a atravessá-lo. Já o Norwegian Blis, de 168.800 toneladas brutas, capacidade de 5 mil pessoas, medindo 325,9 metros de comprimento, 41,4 de viga e 8,3 de calado, até o presente, é o maior na travessia. A transposição, dura de 8 a 10 horas, evitando um trajeto de 20 mil km que seria necessário para contornar o extremo da América do Sul. Cerca de 14 mil barcos, anualmente, fazem a passagem. Quase 30 mil empregos, sendo cerca de 10 mil diretos, participam da movimentação de 9 US$ trilhões em mercadorias transportadas. Mês passado, viajando ao Canadá, fiz conexão na Cidade do Panamá, visitei o Canal nas eclusas de Miraflores, onde há, também, um museu sobre aquela maravilha do mundo moderno. Realizado, assim, sonho de 60 anos.

 

Geraldo Duarte
Advogado e administrador