Brasil dos sonhos

Cuidar das crianças abandonadas - somente em Fortaleza são encontradas dezenas perambulando e dormindo ao relento nas praças, incluindo a do Ferreira, a mais emblemática de todas. Garantir escola de qualidade para todas as crianças e jovens. Propiciar meios financeiros para a promoção das Artes, reveladora de talentos desconhecidos e adormecidos em todos os campos de atividade artística.

Olhar para as necessidades do povo, assegurando-lhe transporte, segurança, saúde, habitação, saneamento. Cobrar impostos de quem pode mais, e não de quem pouco ganha para sobreviver. Diminuir o número dos "representantes do povo" e, por conseguinte, o montante do dispêndio público.

Pôr fim à farra dos carros oficiais, reservando-os para os escalões superiores e não para qualquer chefete pretensioso. Muitos são os meios para construir um Brasil dos sonhos daqueles milhões sem lágrimas para chorar, pois já secaram todas nos olhos agora secos como açudes sem água. A construção de uma polícia cidadã, e não contra o cidadão. Diminuir as disparidades sociais, cortando os privilégios, extinguindo órgãos inúteis e ministérios não menos.

Assim, o Brasil conhecerá dias melhores e assumirá o papel de gigante exaltado no seu hino. Gigante não adormecido, mas acordado para combater os sanguessugas, os maus políticos, os maus profissionais em todas as esferas de atividade, os incompetentes, os preocupados apenas com o seu umbigo. Cada brasileiro pergunte a si mesmo, parodiando o presidente Kennedy - o que cada um pode fazer por seu país, e não apenas o que o seu país pode fazer por você.

Eduardo Fontes
Jornalista e administrador