Brasil ainda ético

No Brasil, onde políticos, governantes, empresários e profissionais outros se emporcalham, chafurdando no lamaçal da corrupção, ladroagem e mentira, existe gente ética. Sem dúvida, a maioria. Mês passado, em Aracaju, registrei três exemplos dignos de reconhecimentos. A Justiça Estadual fez cumprir a Lei nº 7.345/85 que, desde a vigência, era relegada. Assim, em Sergipe, nominações de localidades, logradouros, prédios e demais bens públicos, agraciando pessoas vivas, tiveram a ilegal láurea extinta. O governador Belivaldo Chagas, que assumiu o cargo em substituição ao eleito que se desincompatibilizou, tem comportamento adverso a mordomias. Chegou sozinho, dirigindo seu Fiat Uno, a um supermercado. Cumprimentou os presentes, entrou, adquiriu produtos e saiu. Um policial que o identificou, surpreso, perguntou pela segurança e obteve resposta: "Pra que segurança? Vim apenas fazer compras!". A motobomba do jardim da casa de meu cunhado Raul Meneleu parou de funcionar. Juntos, a levamos para o Rogério Matos dos Santos, na Elétrica Fernandes, objetivando conserto. Examinada, acertou-se em R$120, o serviço. Dia seguinte, Rogério telefona e diz: "Seu Raul, abri o motor, limpei, reajustei e está funcionando bem. Pode vir buscar. E são só R$ 30!". Aqui, especial homenagem ao Rogério, parabéns a Maria José da Silva Neta, sua mulher, felicidades a ambos e ao filhinho Arthur. Cidadão trabalhador, honesto e cívico, pois em nosso conversar, externou fé em Deus e no futuro do País. Fiz mais um amigo! Raul e eu saímos e fomos abraçar João Fumaça, outro amigo, no interior do mercado.

Geraldo Duarte. Advogado e administrador