Batalha previdenciária cruenta

Deflagra-se, a partir da próxima semana, a cruenta batalha da reforma previdenciária, para a qual convergem as vistas da população brasileira, já que a temática possui conotações polemizadas, despertando inúmeras controvérsias, que o debate parlamentar tenderá a acirrar, com desdobramentos nas Comissões e nos amplos plenários das duas Casas do nosso Parlamento.

A equipe ministerial, comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, trabalhou, empenhadamente, fazendo cálculos sequenciados, na busca de alíquotas capazes de serem assimiladas pelos contribuintes, numa tentativa de reduzir o astronômico déficit orçamentário, que tem ensejado desfalques ponderáveis nas finanças públicas.

Embora o assunto transcenda os limites do interesse partidário, é indiscutível que naturais divergências aflorarão, inevitavelmente, dando lugar a discussões acaloradas, como frequentemente acontecia na passada Legislatura.

Naquela fase de imensas dificuldades, o então presidente da República, Michel Temer batalhou, afanosamente, para superar entraves na Comissão de que era relator o deputado baiano Arthur Oliveira Maia, tudo resultando inútil, numa postergação que trouxe prejuízos incalculáveis ao Tesouro Nacional.

O atual Primeiro Mandatário, Jair Bolsonaro, persistente e enfaticamente, conclama os dirigentes de partidos e suas bancadas a acolher a proposta, apontando-a como indispensável para o equilíbrio das contas governamentais, impactadas por avultados saldos negativos, que já alcançam a casa do trilhão de reais.

Uma expectativa cercada de perplexidade e incerteza passou a dominar o cotidiano congressual, sob as vistas atentas do principal ocupante do Palácio do Planalto e de seus principais auxiliares, bem assim, da imensa legião de beneficiários da Previdência Social.

E o axioma latino nunca foi tão relembrado: "alea jacta est...".