As várias faces do amor

Em contraponto ao ódio, hoje tão pulsante na sociedade, sempre é bom lembrar um pouquinho do amor, principalmente nesta fase natalina do Advento, quando Deus se fez criança para trazer aos homens de todos os séculos sua mensagem de amor e de salvação. 

Muitas são as faces do amor, mas em todas é possível destacar os aspectos ou valores comuns. Há o amor conjugal, o amor filial, o amor dos avós pelos netos, o amor dos namorados, o amor pelos sofredores e excluídos, o amor pela natureza... o amor, o amor, o amor. É ilimitada a lista do amor ou dos amores. Amor pelos livros – e, para o escritor argentino Jorge Luis Borges, o céu seria um lugar de muitos livros. 

O apóstolo São Paulo, em sua “Carta aos Coríntios”, falando sobre o amor, assim o define: “... O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha...”. Estão aí delineadas, claramente, as virtudes do amor. E não apenas o apóstolo dos gentios viveu e definiu o amor. 

O piloto francês Antoine de Saint-Exupéry, no imortal livro “O Pequeno Príncipe”, ensina todo tempo lições de amor, de dedicação, de entrega ao ser amado, ao afirmar: O amor é invisível para os olhos. Só se vê bem com o coração. Ou essa outra: Amar não é olhar um para o outro. É olhar juntos na mesma direção. Assim, o amor é sempre o norte, farol a guiar todas as condutas e ações humanas. Ou pelo menos deveria ser. Nunca o ódio, o desejo de vingança, a indiferença. 

Infelizmente, hoje, o ódio deita profundas raízes nos corações. Inspira muitas intenções e ações, quando, na verdade, nunca é demais repetir a velha lição: “Só o amor constrói para a eternidade”.