Armagedon ecológico

A crise hídrica é uma questão global. O Brasil tem 12% da água doce do mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), um índice alto considerando que muitos continentes não chegam a esse mesmo indicador. Ainda assim, o País não pode ficar deitado em berço esplêndido. Precisamos ser ativos, preservar nossas riquezas e gerar economia. O Brasil tem enfrentado desafios hídricos, como a seca no Nordeste e a falta de abastecimento de água em algumas capitais. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que população humana chegará a 10 bilhões em 2050.

O relatório do Global Risks Report 2018, do World Economic Forum, faz uma percepção de risco para a sociedade global, utilizando, inclusive, o termo Armagedom Ecológico. Se continuarmos consumindo e produzindo nos níveis atuais, caminharemos para esse cenário. É preciso mudar. A Silvicultura está nessa economia do futuro, sendo uma maneira eficiente de produzir madeira, fibras e energia, reduzindo a pressão predatória sobre as florestas nativas. Árvores plantadas para fins industriais, no Brasil, recuperam áreas previamente degradadas. Assim como qualquer cultura agrícola, as plantas precisam de água e o eucalipto usa a mesma quantidade, ou menos, de água do que outras culturas. O setor realiza constantes monitoramentos de bacias, que demonstram que o vilão dos recursos hídricos é o mau manejo da paisagem, e não o eucalipto. O setor tem um papel essencial. A árvore é o futuro da matéria-prima renovável, reciclável e amigável ao meio ambiente, à biodiversidade e à vida humana.

Elizabeth de Carvalhaes
Administradora de empresas