Armações eleitorais

Diante da pluralidade de partidos, muitas vezes são registradas, nos estados da Federação, composições diversificadas, sem que se observem os compromissos com os diretórios nacionais. O equívoco deste fato gera inevitável dissensão para aqueles que se inscrevem na disputa à Presidência da República, segundo os parâmetros estabelecidos pelo comando hierarquicamente superior, localizado no Distrito Federal. Os Diretórios Regionais, levando-se em consideração as perspectivas mais favoráveis para os governadores e deputados estaduais, buscam apoio em outras forças divergentes. Este aspecto vai dificultar o desempenho do postulante ao Planalto, na condução da uniformidade do seu discurso, em desacordo com os ditames nos entendimentos assentados pelos Órgãos Superiores. Os pretendentes às cadeiras nas Assembleias Legislativas veem-se fascinados com a troca de votos para os candidatos a deputado federal de outras siglas, produzindo uma coligação capaz de originar incompreensões e desacertos às legendas envolvidas e seus respectivos candidatos. Como a candidatura principal é a de primeiro mandatário do Brasil, todos os esforços devem ser desenvolvidos para consolidá-la regionalmente, sem o que a falta de unidade poderá trazer incalculáveis prejuízos à agremiação, embaralhando até mesmo os pronunciamentos de todos aqueles que aspiram suceder o presidente Michel Temer. Pelo visto, torna-se indispensável que os comandos regionais se predisponham ao trabalho para doutrinar os aspirantes que contrariarem o importante axioma, acertadamente, estatuído, referindo: "A união faz a força".

Mauro Benevides. Jornalista