Ano de desafios

Abrem-se as cortinas do novo ano, carregado de incertezas e desafios. Ano político, de término do fraco governo de Michel Temer, verdadeiro mágico, manipulador de cordéis.

Muitos tirarão dos velhos armários ou guarda-roupas - para usar expressão mais moderna - as velhas capas de cordeiros de como pretendem novamente enganar o eleitor, agora pretensamente mais experiente e atento às falsas promessas dos velhos lobos de sempre. Outros, já sabedores da derrota certa, caso viessem a se candidatar, preparam às pressas os seus sucessores, nas pessoas de filhos e afins.

Toda atenção é pouca, para os sobrenomes dessa gente e para o grau de parentesco das "velhas raposas", sempre ávidas de poder. Lula terá apressado o seu julgamento, como forma de varrer o seu nome da corrida presidencial e, se vier a ser preso, o País assistirá talvez a uma onda de desordens sem precedentes, porquanto Lula lidera todas as pesquisas de voto. Será preciso azeitar a máquina oficial, e propagar na mídia o novo Brasil.

Nada de falar em malas cheias de dinheiro. Até outubro, o Brasil figurará no melhor dos mundos, pois o predigitador de Brasília transformará pedras em pão, miséria em abundância, lágrimas em perenes sorrisos. Os funcionários públicos poderão receber aumento vencimental, contra todas as negativas de ontem.

A distribuição de bondades será ilimitada. No Nordeste choverá dinheiro e as velhas promessas transformarão o sertão em mar.

Eduardo Fontes. Jornalista e administrador