Advento em proa

Estamos vivenciando nessas últimas quatro semanas antes do Natal, na proa de nossos pensamentos, a sagrada e sublime exaltação do Advento. Temos domingos de mais alegrias, valorizando experiências de crença, esperança e confiança. Enxerguemos essa nobre e nova existência Divina, do retorno do verbo que se fez carne. Que nós seres humanos ressurjamos de nossas cinzas ou da aceitação do que somos e do que temos, com a pura serenidade e a necessária fé. Que estejamos navegando “de vento em popa”, empurrados e alicerçados pela vontade de servir, buscando boas mudanças e na perene presença do Salvador. Que coisas novas e milagrosas sejam transformadas e que em nossas vidas e ações renovemos a presença da verdade maior, única, tão preciosa. Precisamos dominar abismos e meditar sobre famigeradas falhas ou “pequenas verdades”. Ouçamos o chamamento dos que devem ser ouvidos, curemos nossas cegueiras, controlemos indevidas palavras e revigoremos os espíritos. A alegria nos aproxima de Deus, exemplo de felicidade eterna. Que a esperança da Parusia, a nova vinda, ainda que desconhecida, desparalise os paralíticos angustiados pelas inércias das acomodações ou renove os que têm algum embutido sofrimento. Evoquemos paz, amor, perdão, o saber desculpar-se e que nos engrandeçamos com nossa pequenice, descascando medos e acordando do inóspito sono do pecado. Coloquemo-nos no lugar dos outros. Nesse novo tempo, do Advento, conversemos com a Santíssima Trindade, onipotente, onipresente e onisciente e busquemos formar novas almas e consciências - essas que precisamos fortalecer a todo o dia, na glória do Criador. Que o título, inusitado, lembre esse valioso tempo, necessário existir diariamente, ainda mais na proximidade natalina.