A nova era do coworking

Em 2010, o norte-americano Miguel McKelvey e o israelense Adam Neumann lançaram uma proposta completamente nova no mercado imobiliário nova-iorquino: o aluguel de espaços compartilhados, que seriam “sob medida” para a necessidade de cada profissional ou empresa. De lá para cá, a WeWork, startup idealizada por McKelvey e Neumann, não parou mais de crescer: está presente em pelo menos 20 países e já vale US$ 45 bilhões.

Seguindo os passos da WeWork, outras empresas surgiram. Em comum, todas oferecem a possibilidade de customizar o espaço, compartilhar serviços de recepção e secretaria e de transformar em uma só fatura todas as despesas acessórias ao aluguel, ou seja: água, luz, taxas de manutenção e condomínio, internet banda larga etc.
Com a evolução do coworking, todos os players do setor imobiliário tendem a se beneficiar. Novas construções são projetadas para atender às exigências dessas empresas e seus clientes. Nesse modelo de negócios, os proprietários dos imóveis arcam com os custos de construções e reformas; em contrapartida, assinam contratos de locação com prazos de 15 a 20 anos, com taxas de retorno fixas e variáveis.

Soluções espontâneas também têm se tornado cada vez mais comuns: empresas de segmentos complementares, por exemplo, já optam por compartilhar espaços e experiências, otimizando soluções e facilitando networking. Muitas sequer recorrem aos serviços de coworking propriamente ditos: elas simplesmente alugam um espaço que será dividido e contratam os profissionais que poderão atender a todos e ter seus custos compartilhados.

Em resumo: o modelo de coworking está transcendendo as próprias empresas especializadas. Ter a possibilidade de “ratear” o imóvel entre parceiros que considerem esta uma boa ideia abre uma nova frente de atuação para os proprietários de prédios e salas comerciais.


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