Vendas de imóveis na RMF crescem 6,7%

No acumulado do ano, número de unidades comercializadas cresceu 6,7% e o VGV atingiu alta de 8,7%

Escrito por Redação ,
Legenda: Resultado dos três primeiros meses de 2018 foi o primeiro com crescimento desde 2015, quando foram vendidas 788 unidades
Foto: Foto: Kid Júnior

No primeiro trimestre do ano, a venda de apartamentos na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) apresentou crescimento de 6,7% em número de unidades e de 8,7% em valor geral de vendas (VGV), na comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a março, foram vendidas 445 unidades, no valor de R$ 310 milhões no segmento "Residencial Vertical", responsável por cerca de 80% do mercado imobiliário local. Os dados foram são do levantamento Flash Imobiliário, divulgados na sexta-feira (13) pela Lopes Immobilis, e compreendem as vendas das 60 maiores construtoras em atuação na RMF.

O resultado para o trimestre, que já considera os distratos (devoluções), foi o primeiro crescimento desde 2015, quando foram vendidas 788 unidades no valor de R$ 478 milhões. Em 2016 e 2017, o segmento registrou quedas de 28% e 26% no número de unidades e de 21% e 24% em VGV.

Considerando apenas o mês de março, no entanto, foram vendidas 159 unidades, queda de 17% ante março de 2017, no valor de R$ 103 milhões (-29%). Já na passagem de fevereiro para março, houve crescimento de 29% no número de unidades vendidas e de 6,1% no VGV.

Acima da inflação

"O que estamos vendo é um crescimento em vendas líquidas e crescimento do VGV bem acima da inflação nesse segmento que é a base do nosso mercado imobiliário", destacou Ricardo Bezerra, diretor executivo da Lopes Immobilis.

Durante a apresentação dos resultados, Bezerra divulgou o ranking das três construtoras/incorporadoras que mais venderam no primeiro trimestre de 2018: Moura Dubeux, Colmeia, e Intexi Incorporações, respectivamente.

Gerais

Considerando as vendas gerais na RMF, que inclui todos os segmentos (Residencial Vertical, Residencial Horizontal, Salas Comerciais e Segunda Moradia), o resultado ficou praticamente estável na comparação com o primeiro trimestre de 2017, com alta de 1% no número de unidades (534) e de 3% em VGV (R$ 359 milhões). Em março, foram vendidas 199 unidades no geral, 15% a menos do que no mesmo mês de 2017. E o VGV foi de R$ 120,7 milhões, 28% superior ao de março do ano passado.

Já no segmento Minha Casa, Minha Vida (MCMV), foram comercializadas em março 284 unidades, com valor geral de vendas de R$ 41 Milhões, considerando apenas os produtos vendidos na RMF. No mês, o Eusébio foi local mais procurado, com 95 unidades comercializadas, seguido por Maraponga (62 unidades), Caucaia (57 unidades), Messejana (48 unidades) e José Walter (17 unidades).

Expectativa

Apesar da retração nas vendas de março, o resultado trimestral mostra recuperação do setor imobiliário local, diz Ricardo Bezerra, além da melhora de indicadores econômicos, o diretor executivo da Lopes Immobilis ressalta que a queda da taxa básica de juros (Selic) justifica o otimismo do setor para 2018, que deve apresentar crescimento após dois anos seguidos de queda.

"O mercado está otimista, não diria que muito, mas os números estão mostrando uma melhora em relação ao ano passado. E o maior responsável por isso é a queda da taxa de juros, que já está chegando ao consumidor", diz Bezerra. "Com a queda no rendimento de aplicações financeiras atreladas à Selic, a gente está vendo que há muita gente tirando dinheiro do banco e aplicando em outros ativos, como os imóveis, que além da valorização paga de 0,5% a 0,7% ao mês de aluguel, batendo a Selic".

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