Venda da Eletrobrás não sai neste ano

Escrito por Redação ,

Brasília. O desgaste do governo, acentuado pela greve dos caminhoneiros, e a proximidade do calendário eleitoral inviabilizaram de vez a aprovação, ainda neste ano, do projeto que permite a privatização da Eletrobrás - o mais importante da atual agenda econômica. Responsável por colocar o projeto em votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já admite nos bastidores que dificilmente a medida será votada antes das eleições.

Com sua própria agenda de prioridades para se lançar candidato a presidente, o único esforço que será feito por Maia será para aprovar o projeto que tenta solucionar o problema de seis distribuidoras deficitárias da Eletrobrás e promover alterações no setor elétrico.

A Eletrobrás acumula nos últimos seis anos perdas de R$ 28 bilhões. O projeto que permite a privatização foi enviado no dia 22 de janeiro, mas está emperrado em uma comissão especial da Câmara, de onde ainda precisaria seguir para o Senado.

Sem força

A avaliação de Maia é de que o governo não terá mais força para aprovar a privatização da estatal. Com a fragilidade do governo, Temer e os parlamentares não poderiam enfrentar desgaste nem mesmo das famílias cujos seus integrantes trabalham ou dependem da Eletrobrás. E, para Maia, mesmo após as eleições, a proposta só poderá ser votada se for um tema defendido pelo novo presidente eleito.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.