Setor de cachaça lança carta contra carga tributária

Escrito por Redação ,
Legenda: Ceará é o terceiro maior produtor de água ardente do Brasil, abaixo de São Paulo e Pernambuco, e é o quarto maior mercado consumidor do País

São Paulo. Produtores de cachaça lançaram na capital paulista um manifesto em que reivindicam a ampliação dos esforços de promoção e de proteção do produto. A carta aberta pede ainda a reavaliação da carga tributária sobre a bebida, que segundo o setor, é o produto mais taxado do país. O texto também pede o combate à clandestinidade e à informalidade, superior a 85% segundo o setor.

"Em 2015, o governo reviu a sistemática de cobrança do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o que representou um aumento significativo do preço do produto. Em alguns casos, a alta chegou a 330%. Isso impactou muito porque o setor é extremamente sensível a alterações tributárias", destacou o diretor executivo do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), Carlos Lima.

O setor reconhece, porém, que a inclusão de parte dos produtores no Simples Nacional, medida que entrou em vigor no início do ano, tem dado novo fôlego aos negócios. Em 2017, em termos de valor, o faturamento do setor no Brasil cresceu 13,43% e foi superior a R$ 10 bilhões. A maior produção de cachaça está concentrada no estado de São Paulo, seguido de Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba. Os principais estados consumidores São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Ceará, Bahia e Minas Gerais.

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