Previsão de déficit primário em 2018 cai para R$ 149 bi

Escrito por Redação ,
Legenda: De acordo com o documento divulgado pelo Ministério da Fazenda, o valor está abaixo da meta de 2018, que apontava o déficit de R$ 159 bi

Brasília. Depois de piorarem as previsões para o déficit primário no mês de junho, as projeções dos analistas de mercado ouvidos pelo Ministério da Fazenda em julho é de um déficit um pouco menor neste ano. De acordo com o boletim Prisma Fiscal deste mês, divulgado ontem, 12, pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta, a mediana das previsões para este ano passou de um rombo de R$ 151,192 bilhões, previsto em junho, para um déficit de R$ 149,642 bilhões. O valor está abaixo da meta de 2018, que permite um déficit de R$ 159 bilhões.

Em maio, antes da greve dos caminhoneiros e da criação de um programa de subsídio para o diesel, a projeção era de resultado negativo em R$ 138,543 bilhões. Para 2019, os analistas projetaram um resultado negativo de R$ 123,288 bilhões, pior do que a previsão anterior de R$ 117,875 bilhões. A meta de 2019 permite um déficit de R$ 139 bilhões. O Prisma deste mês também revisou para baixo as previsões do mercado para a arrecadação das receitas federais em 2018, com a estimativa retornando de R$ 1,445 trilhão para R$ 1,444 trilhão. Para 2019, a projeção para a arrecadação também caiu de R$ 1,552 trilhão para R$ 1,547 trilhão.

A estimativa para a receita líquida do governo central neste ano foi mantida em R$ 1,217 trilhão, enquanto para o próximo ano passou de R$ 1,303 trilhão para R$ 1,302 trilhão. Já pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais do governo central este ano passou de R$ 1,367 trilhão para R$ 1,366 trilhão. Para 2019, a estimativa passou de R$ 1,420 trilhão para R$ 1,422 trilhão.

A mediana das projeções dos analistas do Prisma para a Dívida Bruta do Governo Geral ao fim de 2018 saiu de 75,8% do PIB para 76% do PIB. Para 2019, a estimativa, que estava em 77,8% do PIB, subiu para 78,10% do PIB no relatório.

Preocupação do governo

Ainda ontem, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que o governo não tem dúvidas de que vai conseguir cumprir a meta fiscal deste ano, que permite um rombo de até R$ 159 bilhões nas contas públicas. Mas, com o ritmo de votação de projetos do Congresso Nacional que aumentam as despesas e concedem mais isenções a setores específicos, a preocupação é em relação aos próximos anos.

"O que temos de assegurar são as condições daqui para frente, e aí temos de assegurar a agenda de reformas", afirmou, ressaltando que a aprovação da reforma da Previdência continua "absolutamente fundamental", até mesmo para dar maior credibilidade para a medida que fixa um teto para a alta dos gastos públicos federais.

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