Preço da cesta básica de Fortaleza recua pelo 2º mês

Escrito por Redação ,

Pelo segundo mês seguido, o conjunto dos 12 itens que compõem a cesta básica de Fortaleza registrou queda de preços. De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a deflação de sete produtos influenciou a retração de 1,68% no preço da cesta em agosto ante julho, calculado em R$ 372,89 - o maior valor médio entre todas as capitais nordestinas pesquisadas e 9ª mais cara do País.

Na avaliação do supervisor regional do Dieese, Reginaldo Aguiar, a cesta básica deve continuar apresentando queda de preços ao longo dos próximos meses ou, no máximo, variações pouco expressivas. "Vemos pouco espaço para elevações significativas nos preços. A expectativa que temos até o fim do ano é de uma pressão menor nos alimentos".

Entre os sete itens da cesta de Fortaleza que apresentaram queda nos preços os destaques foram o tomate, com retração de 11,46%, a farinha (-4,53%) e a banana (-2,69%). Também apresentaram variação negativa no oitavo mês do ano o óleo (-0,80%), o feijão (-0,60%); a carne (-0,47%) e a manteiga (-0,42%). Já a maior alta ocorreu no arroz (3,31%).

Com a variação negativa de agosto, no semestre, a cesta básica de Fortaleza acumula retração de 5,71%. Em 12 meses, a baixa é de 4,23%. Isto significa que a alimentação básica no oitavo mês do ano está mais barata ante fevereiro de 2017 (R$ 395,47) e mais barata que agosto de 2017 (R$ 389,35).

Dólar e combustíveis

Segundo Reginaldo Aguiar, a forte volatilidade do dólar e, consequentemente, dos combustíveis, não deve ter grande impacto no preço dos alimentos. "O item que acaba sofrendo uma pressão maior é a soja, no caso do óleo de soja, que é um produto que acaba não tendo muito peso então o impacto não é muito grande".

Salário

Com base no preço da cesta básica de São Paulo (R$ 432,81)), a mais do Brasil cara em agosto, e levando em consideração que o salário mínimo deve suprir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência de uma família, o Dieese estima que o valor do mínimo necessário para manter uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.674,77 ou 3,85 vezes o mínimo do País.

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