Petrobras defende política de preços

Escrito por Redação ,

Rio. A direção da Petrobras iniciou na última quarta (30) uma ofensiva com seus empregados para defender a política de preços dos combustíveis, que se tornou alvo de ataques após a escalada do preço do petróleo, culminando com a paralisação dos caminhoneiros em todo o país.

Em uma série de vídeos publicados na rede interna da estatal, seu presidente, Pedro Parente, e outros executivos explicam a aplicação da política e a gestão das refinarias da empresa, acusada por sindicalistas de privilegiar a importação de produtos dos EUA.

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Os vídeos são divididos por temas: preço dos combustíveis, gestão de refinarias e custo de produção do petróleo, além da mensagem de Parente sobre o cenário atual e as críticas à gestão da companhia.

"Nossa empresa está passando por um teste importante", diz Parente em seu vídeo, gravado em estilo de propaganda política, no qual aparece de colete e gravata tendo como fundo uma janela que mostra o icônico edifício sede da empresa, no centro do Rio de Janeiro.

O teste, diz, refere-se a "um aspecto importante daquilo que a gente está fazendo, que é a política de preços". "Está sendo muito questionada, nem tanto pelos valores, mas também uma discussão relacionada à frequência dos nossos reajustes", continua.

Em acordo com os caminhoneiros nesta semana, o governo determinou que os reajustes no preço do óleo diesel passam a ser semanais, e não mais diários, como vem ocorrendo desde julho de 2017.

"Eu quero dizer para vocês que a frequência não foi uma escolha caprichosa da diretoria", afirmou, repetindo conceito usado com analistas de mercado na segunda (28). "Quando a gente faz reajustes mensais, a gente fica exposto a perda de participação de mercado".

Em outro vídeo, o gerente de marketing e comercialização da empresa, Guilherme França, tenta responder a "uma pergunta que é feita diariamente pela internet, pelos nossos colegas de trabalho, pelos nossos colegas de vida, enfim, da escola dos nossos filhos, dos nossos amigos".

Em sua fala, ele defende que os preços da Petrobras não são maiores que no exterior e reforça que a alta carga tributária é que faz os produtos ficarem caros na bomba.

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