Subvenção ao diesel tem custo alto e não pode durar

A redução do preço do litro, a manutenção do preço por 60 dias e reajustes mais espaçados vão custar R$ 9,5 bilhões este ano

Escrito por Estadão Conteudo ,
A política de subvenção ao óleo diesel tem custo elevado e não pode ser mantida por muito tempo, disse nesta quarta-feira, 4, o chefe da Assessoria Especial do Ministério da Fazenda, Marcos Mendes, durante audiência pública no Congresso Nacional que discute a Medida Provisória 838/2018, que trata da nova política de preços do diesel.
 
A redução de R$ 0,46 no preço do litro, a manutenção do preço por 60 dias e a adoção de uma política de reajustes mais espaçados vão custar R$ 9,5 bilhões este ano.
 
Mendes se disse preocupado com algumas emendas apresentadas por parlamentares à MP, que preveem a ampliação do programa. "Estamos num momento de forte restrição fiscal, o programa tem um custo muito elevado", afirmou. "Efetivamente, não há espaço no Orçamento para que esse tipo de emenda possa prosperar."
 
Parlamentares apresentaram propostas que, por exemplo, estendem a política adotada para o diesel para outros combustíveis, principalmente o gás de cozinha e a gasolina. A MP é relatada pelo deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), que só deverá apresentar seu parecer dizendo quais emendas foram acatadas no início de agosto, após o recesso parlamentar.
 
Mendes avaliou ainda que a política de subvenção tem alcançado seus objetivos. "O programa está dando certo", afirmou. A queda do preço na ponta foi da ordem de R$ 0,44 por litro desde o dia 30 de maio. 
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