Startup recebe R$ 3 milhões para desenvolver voos executivos compartilhados

A principal aposta da Flapper para o futuro é, em vez de fretar voos inteiros, oferecer rotas rotineiras feitas por aviões executivos para serem compartilhadas por até 10 viajantes

Escrito por Folhapress ,

A empresa Flapper, que criou aplicativo que permite fretar viagens em aviões executivos e helicópteros, recebeu investimentos de R$ 3 milhões para ampliar seus negócios.

Para oferecer as viagens, a startup conta com aviões de empresas de táxi aéreo, que usam seu serviço como canal de vendas para atrair clientes de modo mais simples do que o convencional.

Atualmente são cerca de 20 parceiras que atendem aos pedidos dos clientes feitos pela internet.

Porém, a principal aposta da Flapper para o futuro é, em vez de fretar voos inteiros, oferecer rotas rotineiras feitas por aviões executivos para serem compartilhadas por até 10 viajantes.

No modelo, que começou a ser testado em novembro, cada viajante compra passagem para voos disponíveis da mesma forma que na aviação comercial. Há no app sugestões de horários de partida.

A diferença é que quem reserva assento primeiro tem prioridade na escolha do que acha mais adequado.

Paul Malicki, 30, presidente da companhia, diz que a meta é criar rotas entre aeroportos que não tem trajetos comercializados regularmente. Ele diz que, enquanto o país tem cerca de 2450 aeroportos, apenas 120 recebem voos comerciais rotineiramente.

A ideia, explica, é atrair um público de classe média alta que busca destinos mais sofisticados e que, na maioria das vezes, ainda não é cliente de aviação executiva.

Até o momento, a Flapper possui rotas entre São Paulo e Rio de Janeiro e as cidades de Búzios e Angra dos Reis. A empresa pretende lançar voos para Belo Horizonte já no final deste ano. O preço médio por assento das viagens varia entre R$ 300 e R$ 600 nos trechos para o litoral e R$ 750 nas rotas das capitais.

Em abril, a empresa fez 80 voos, metade deles no modelo de fretamento e metade no de fretamento.

Para conseguir demanda suficiente para encher as aeronaves e não ter prejuízos com cadeiras vazias, a empresa irá se dedicar agora a mais iniciativas de marketing.

Entre elas, passará a aparecer mais em buscadores de passagens e em plataformas usadas por agências que vendem viagens corporativas, diz Malicki.

Para o futuro, a empresa espera lançar modelo de assinatura de voos. Nele, o usuário pagará valor fixo e poderá embarcar em viagens ilimitadas em determinada região.

A Flapper foi lançada no início de 2016. Conta com nove profissionais trabalhando diretamente em seu escritório e espera movimentar R$ 6 milhões neste ano.

Os recursos que ela recebeu para investir vieram do fundo brasileiro Confrapar e pelo Travel Capitalist Ventures, do Catar.

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