Intenção de consumo aumenta 1,5% em setembro

Todos os subíndices que compõem a Índice de Consumo das Famílias (ICF) também apresentaram alta nas comparações mensal e anual

Escrito por Redação Diário do Nordeste ,

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 86,9 pontos em setembro de 2018, registrando alta de 1,5% em relação ao mês passado. Na comparação anual, de setembro deste ano contra o mesmo mês do ano passado, o aumento foi de 13,2%. Mesmo completando 41 meses abaixo dos 100 pontos, a pesquisa mostra elevação da confiança mesmo diante do cenário de incertezas.

Todos os subíndices que compõem a ICF aumentaram na variação mensal, com destaque para três que subiram acima da média: Renda Atual (2,5%), Nível de Consumo Atual (2,4%) e Momento para Duráveis (2,2%). Já na comparação anual, observam-se elevações consideráveis, como Nível de Consumo Atual (24,9%) e Perspectiva de Consumo (22,6%), bem acima das demais variações. “A alta da intenção de consumo pode ser atribuída a alguns fatores que influenciam as decisões de consumo das pessoas, como preços e renda”, diz o economista da CNC Antonio Everton. “Outro fator que explica o incremento da intenção de consumir é a liberação dos recursos do PIS/Pasep para os cotistas destes fundos”, complementa.

Outra consequência associada à redução do processo inflacionário é a alta mensal do subíndice Renda Atual (+2,5%): o nível registrado em setembro deste ano (101,8 pontos) é 13,2% maior do que no mesmo período de 2017. A pesquisa também aponta que o nível de consumo melhorou em relação a 2017. Se em setembro de 2018 era maior para 18,3% da população pesquisada e menor para 50,6%, no mesmo mês do ano passado apresentava-se maior para 13,8% e menor para 59,6%.

A análise da CNC destaca ainda o comportamento das famílias em relação ao mercado de trabalho. “O desemprego alto assusta as pessoas e cria cautela no consumo, principalmente quando o endividamento das famílias já se encontra elevado. Neste sentido, os subíndices Emprego Atual (+0,8%) e Perspectiva Profissional (+0,7%) foram os que menos cresceram”, observa Everton.

Perspectivas para 2018

Além da estabilidade dos preços, não são esperadas acentuadas elevações da intenção de consumo até o fim do ano. Diante disso, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) reajustou, pelo quarto mês consecutivo, sua previsão para o crescimento do varejo em 2018. A expectativa, que antes era de +4,5%, agora está em +4,3%.

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