Exportações de lagosta no Ceará caem 4% de junho a setembro, diz Mdic

No período de comparação, o volume exportado pelo Estado também caiu, passando de 930 toneladas para 789 toneladas

Escrito por Redação ,

Conhecido no País pela exportação de lagostas, o Ceará apresentou, de junho a setembro deste ano, uma redução de 4% neste segmento em relação a igual período do ano passado. Com a redução, foi arrecado o montante de US$ 23,1 milhões em 2018, contra US$ 24,1 milhões em 2017. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Secex/Mdic).

No período de comparação, o volume exportado pelo Estado também caiu, passando de 930 toneladas para 789 toneladas. Em 2018 a lagosta cearense foi exportada para 10 países. Os principais compradores foram Estados Unidos, Austrália, China, Taiwan e Japão. As espécies mais encontradas no Estado são a lagosta “Vermelha” (Panulirus argus) e “Cabo Verde” (Panulirus laevicauda).

De acordo com empresários do setor, entre os principais motivos para a variação negativa no desempenho estão as mudanças climáticas, que influenciam no comportamento das espécies, principalmente consequência de grandes períodos de seca; e a limitação de dados e monitoramento sistemático do segmento.

Segundo o Sindicato das Indústrias de Frio e Pesca do Ceará (Sindfrio), a escassez de informações impossibilita uma melhor interpretação das informações sobre produção, e dificulta a elaboração de políticas públicas que visem maior eficiência e sustentabilidade para a cadeia produtiva.

"Sem informações atualizadas sobre o setor, não temos como relacionar dados ambientais, como correntes e massas d’água, abundância de recursos, localização das espécies e estágios de vida. Isso acarreta prejuízo para o setor e impede seu maior desenvolvimento", disse Cadu Villaça, diretor técnico do Coletivo Nacional da Pesca e Aquicultura (Conepe).

Um ano com regime de ventos muito intensos e fora dos períodos tradicionais também tem dificultado as viagens de pesca, além da continuidade de pesca ilegal no período de defeso, que compromete a reprodução e reposição de estoque das espécies, que tem o período de captura até 30 de novembro.
 

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