Especialistas do Ceará estão mais otimistas com a economia nacional, diz pesquisa

Das nove variáveis analisadas, apenas uma foi vista com pessimismo pelos especialistas

Escrito por Redação ,

Especialistas em economia no Ceará estão mais otimistas com a economia nacional, segundo pesquisa da Fecomércio-CE em parceria com o Conselho Regional de Economia (Corecon-CE). Segundo o economista e vice-presidente do Corecon-CE, Ricardo Eleutério, das nove variáveis analisadas, apenas uma foi vista com pessimismo pelos especialistas.

A percepção dos salários reais é a única que atingiu menos de 100 pontos na escala (de 0 a 100 indica pessimismo, enquanto de 100 a 200 indica otimismo). Segundo Ricardo, essa variável é afetada pela situação de inflação no país.

Já a evolução do PIB (156,7 pontos), os gastos públicos (138,3 pontos), o nível de emprego (131,7 pontos), o cenário internacional (123,9 pontos), a oferta de crédito (120,0 pontos), a taxa de câmbio (118,9 pontos), a taxa de inflação (107,8 pontos) e a taxa de juros (100,6 pontos) estão acima do esperado pelos analistas.

Além disso, de acordo com o vice-presidente do Corecon, cada uma das variáveis gera três índices: percepção geral (análise da média de todas as variáveis atuais), percepção presente (análise do período até daqui a um ano) e percepção futura (análise a partir do ano seguinte).

Todas também foram percebidas com otimismo pelos analistas: 119,5 pontos, 108 pontos e 131 pontos, respectivamente. "Traduzindo: o otimismo sobre a economia brasileira ainda é reduzido, na medida em que está iniciando um novo governo", afirmou Ricardo Eleutério.

Nesse contexto, o índice geral nos meses de janeiro e fevereiro atingiu 119,5 pontos, o que revela uma melhora na percepção do otimismo de 7,6%, se comparado à pesquisa anterior.

"Se temos perspectivas positivas em relação ao futuro, isso se traduz em aumento de investimentos e de consumo", explicou.

A pesquisa é realizada com periodicidade bimestral e reúne profissionais dos mais diversos setores da economia cearense: indústria, agricultura, setor público, mercado financeiro, comércio e serviços.

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