Economistas estão menos pessimistas com a economia nacional

Porém a pesquisa revela incertezas quanto à dinâmica macroeconômica nacional

Escrito por Redação ,

De acordo com a pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE), realizada em parceria da Fecomércio-Ce com o Conselho Regional de Economia (Corecon-Ce), ocorreu uma redução no número de variáveis econômicas analisadas com pessimismo, de sete para seis. A redução do ceticismo dos analistas consultados em relação ao quadro econômico nacional ocorreu em dois índices: de percepção geral (91,8 pontos) e de percepção presente (77,1 pontos).

Já o índice de percepção futura, aponta que o levantamento saiu da zona do pessimismo (85,1 pontos) para a do otimismo (106,5 pontos). Os resultados da pesquisa revelam, sobretudo, as incertezas quanto à dinâmica macroeconômica nacional. O pessimismo, embora tenha se reduzido, permanece elevado.

Os analistas mostraram pessimismo em seis variáveis: nível de emprego (98,7 pontos), taxa de inflação (84,4 pontos), gastos públicos (83,1 pontos), taxa de juros (81,8 pontos), salários reais (65,6 pontos) e taxa de câmbio (63,6 pontos), que apresentou a menor pontuação entre as nove variáveis.

Conforme a metodologia, cada uma das variáveis analisadas gera três índices: de percepção presente, futura e de expectativa geral. Considerando a soma das variáveis, o índice geral atingiu 91,8 pontos, uma redução de 19,6% no pessimismo em relação à pesquisa anterior.

Sobre o comportamento futuro das variáveis, a pesquisa apresenta uma melhora na percepção dos analistas de 25,1%. Enquanto isso, a percepção pessimista sobre o desempenho presente das variáveis registrou redução de 12,9% ante a pesquisa anterior.

Vale salientar que as expectativas movem os agentes econômicos impactando, positivamente ou negativamente, o comportamento das diversas variáveis econômicas como consumo, investimento, poupança, taxa de juros, dentre outras. Ao mesmo tempo, a performance, positiva ou negativa das variáveis, índices e indicadores econômicos, interfere na percepção dos diversos agentes econômicos. Assim, as expectativas são a um só tempo causa e consequência do comportamento econômico.

A pesquisa, de periodicidade bimestral, colheu no período setembro-outubro as expectativas de 100 especialistas em economia. A amostra reúne profissionais dos mais diversos setores da economia cearense: indústria, agricultura, setor público, mercado financeiro, comércio e serviços. Economistas, empresários, consultores, executivos de finanças, professores universitários, pesquisadores, analistas e dirigentes de entidades diversas contribuíram com suas percepções.

A pesquisa pontua de zero a 200 pontos as variáveis analisadas. Abaixo de 100 pontos configura-se uma situação de pessimismo e acima desse valor, otimismo. Os analistas revelaram otimismo em apenas três das nove variáveis investigadas: evolução do PIB (120,1 pontos), cenário internacional (114,3 pontos) e oferta de crédito (114,3 pontos).

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