Consumidores e lojistas prontos para as compras

Data importada dos Estados Unidos foi estendida em sites e lojas físicas no Estado. Confira dicas para não sair insatisfeito dessa temporada de compras

Escrito por Camila Marcelo , camila.marcelo@diariodonordeste.com.br

Embora o "Dia de Ação de Graças" não seja celebrado no calendário brasileiro, o País abraçou há oito anos a tradição pós-feriado dos Estados Unidos: a Black Friday. A cada ano, o comércio ferve nessa data e, neste ano, não será diferente. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a previsão é o setor movimentar R$ 3,27 bilhões em vendas, 2,2% a mais que no ano passado. Em 2010, ano de origem da campanha no Brasil, foi de R$ 1,88 bilhão.

E a profecia se confirma depois da pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito, a qual mostra que seis em cada dez consumidores têm intenção de fazer compras nesta sexta (23). Isso significa uma alta de 18% em relação a 2017.

Entre as motivações, em torno de 30% querem antecipar os presentes de Natal, enquanto 12% planejam aproveitar as ofertas mesmo sem ter necessidade de nada no momento. Dentre os que compraram no ano passado, 34% esperam adquirir mais produtos em 2018.

R$ 1.146
A média de compras, conforme levantamento, será de três produtos e o gasto estimado é R$ 1.146 por pessoa.

Conforme o presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Ceará, Freitas Cordeiro, a projeção é 8% de aumento das vendas no Estado neste ano. "É uma grande oportunidade ao comércio e ao consumidor. A Black Friday hoje é uma realidade instalada, não tem como fugir dela. A expectativa é boa", destaca.

As promoções previstas para o comércio é de 30% em média ou mais de 50%, em caso de ponta de estoque. Porém, o que se vê na prática durante essa semana são ofertas ainda mais tentadoras, como redes de farmácia com até 70% de desconto e até 90% no Off Outlet e em redes de fast food.

Dentre os produtos mais cotados para serem vendidos, as roupas lideram com 38%. Em segundo, estão os calçados e fechando o ranking, os celulares, com 32% e 30%, respectivamente. Depois, vêm os eletrônicos com 25%, 8% a mais que em 2017, seguidos dos eletrodomésticos (24%).

Quem quiser evitar a provável lotação das lojas e longas filas dos caixas e apostar nas compras virtuais, os Correios prometem mais agilidade na entrega deste ano.

A intenção é ampliar cerca de 30% a capacidade de recepção, tratamento, transporte e distribuição das encomendas do e-commerce para operação concentrada em um tempo de dois meses, contemplando Black Friday e também Natal. Para atingir a meta, uma equipe estratégica foi montada há seis meses para planejar e executar a logística.

Em uma das ações, a empresa investiu cerca de R$ 100 milhões em novos sistemas de automação, aumentando a capacidade de tratamento automatizado em 30% aproximadamente. Outras iniciativas serão implementadas nesse período também, como a ativação de turnos extras, o incremento na capacidade de transporte com novas linhas sazonais e a adoção de horários especiais em pontos da rede de atendimento com maior demanda de postagem, evitando o congestionamento na segunda-feira e na terça-feira após a Black Friday.

E para aproveitar as ofertas de amanhã, nada melhor que muita pesquisa e dicas de especialistas para sua Black Friday não virar uma Black Fraude.

COMO FAZER A MELHOR COMPRA

Fuja do impulso

Para a Black Friday não virar uma armadilha ao equilíbrio financeiro da família, analise se realmente necessita dos produtos que irá adquirir e se você tem condições de pagar. Anote tudo o que precisa em uma lista e não perca o foco

Pesquisa

O ideal é conferir o quanto antes os preços fora da época de promoção para saber reconhecer as reais ofertas da Black Friday. E na própria sexta-feira, vale também comparar sites e lojas para encontrar o produto desejado pelo melhor preço. Aproveite e também pesquise sobre a reputação da loja nos sites Consumidor.Gov, Reclame Aqui, Proteste Já ou na página da Fundação Procon. O site do Procon conta com 500 siteS não recomendados.

Código de Defesa

De acordo com Sávio Aguiar, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB Ceará, caso sejam encontradas algumas irregularidades, o consumidor tem o direito de arrependimento, independentemente do produto ser ofertado na Black Friday, ou por canais eletrônicos como Internet ou telefone. O direito de desfazer o negócio em 7 dias está previsto pelo Código do Consumidor. E, caso se depare com alguma conduta lesiva, ele tem o direito de denunciar aos órgãos de proteção.

NÃO CAIA EM GOLPES

Proteção

Antes de iniciar a pesquisa, confira se o site é seguro. O cadeado na barra de endereço do lado esquerdo é um dos principais indícios de que a página é oficial. Para certificar-se da veracidade, clique no símbolo e espere ser redirecionado à página original da empresa a qual disponibiliza o certificado. Outra recomendação é ter o antivírus já instalado no computador.

Redes abertas

Evite entrar em rede gratuita de locais públicos, não há garantia de que é protegida. O Procon ainda alerta para nunca fazer transação online em um computador desconhecido. Se utilizar, lembre-se do logoff para evitar que o seu acesso e os seus dados sejam utilizados por terceiros.

Pagamento

Duvide se o site aceitar apenas transferência bancária ou boleto, pois essas modalidades não oferecem uma possibilidade de estorno posterior. Ao usar o cartão de crédito, as operadoras possuem maior poder de ação. Outra dica é, ao preencher os dados do cartão de crédito, desabilitar a opção que salva automaticamente as informações dele. Uma boa alternativa também é consultar se seu banco já possui a tecnologia do cartão virtual, que oferece um código diferente para cada compra online.

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