Consumidor de Fortaleza possui, em média, R$ 1.402 em dívidas

O prazo médio de pagamento, de acordo com pesquisa da Fecomércio-CE, é sete meses. O endividamento atinge 55,8% dos fortalezenses em janeiro

Escrito por Redação ,

O endividamento voltou a atingir mais da metade dos fortalezenses no primeiro mês do ano. De acordo com a Pesquisa do Endividamento do Consumidor de Fortaleza, 55,8% dos consumidores da Capital e região metropolitana possuem algum tipo de dívida. Desse total, 7,6% não terão condições financeiras para honrar seus comprimissos. O valor médio das dívidas é estimado em R$ 1.402, com prazo médio de sete meses, comprometendo 33,6% da renda familiar dos consumidores com seu pagamento.

O levantamento é realizado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE) e releva que houve crescimento de 7,4 pontos percentuais no percentual de endividados em janeiro ante dezembro, quando 48,4% dos fortalezenses possuía alguma dívida. Entretanto, o indicador veio bem abaixo da medição de janeiro de 2018 (64,5%).

Conforme dados da Fecomércio, as mulheres são as mais endividadas (57,3%). No recorte por idade, o endividamento atinge mais as pessoas com idade entre 25 e 34 anos (61,4%). Considerando apenas as faixas de renda, o endividamento é mais presente entre os que ganham entre cinco e dez salários mínimos (64,3%).

As mulheres também são as campeãs quanto o assunto é o atraso no pagamento das dívidas (20,4% das endividadas possuem contas em atraso). Geralmente os débitos são postergados por 66 dias e a principal justificativa para o não pagamento é o desequilíbrio financeiro - a diferença entre a renda e os gastos correntes -, citado por 54,6% dos consumidores entrevistados. O segundo motivo mais citado é o adiamento por conta do uso dos recursos em outras finalidades, com 34,8%, seguido da perda de prazo por esquecimento (8,3%).

O cartão continua sendo a principal ferramenta usada para tomar crédito, citada por 75,5% dos entrevistados. Em seguida, aparece o financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 15,6%; carnês e crediários, com 7,7%; empréstimos pessoais, com 5,7%; e cheque especial, com 1,3%.

O consumidor utilizou o crédito, sobretudo, para a compra de alimentos (47,7% das respostas), item que aparece seguido por artigos de vestuário (38,2%), aquisição de eletroeletrônicos (36,4%) e no custeio de despesas de educação e saúde (29,1%).

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