Cagece foi a empresa mais reclamada em 2017, diz Procon Fortaleza

Outros fornecedores que também receberam um grande número de reclamações foram a Enel (230), Oi Móvel (188), Caixa Econômica Federal (136), Bradescard (135) e Banco Bradesco - ouvidoria (122)

Escrito por Redação Diário do Nordeste ,

No ano passado, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) foi a empresa que mais recebeu reclamações, de acordo com o Departamento Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon Fortaleza). Foram 329 queixas fundamentadas no órgão.

Outros fornecedores que também receberam um grande número de reclamações foram a Enel (230), Oi Móvel (188), Caixa Econômica Federal (136), Bradescard (135) e Banco Bradesco - ouvidoria (122).

Em seguida, aparecem também Telemar Norte Leste (121), Banco Itaucard (111), Banco do Brasil (102) e Telefônica Brasil - Vivo (58). E equipe do Diário do Nordeste entrou em contato com as empresas citadas e espera pronunciamento.

O Procon Fortaleza também divulgou os principais problemas relatados pelos consumidores:

1 - Cobrança indevida/abusiva: 7.977

2 - Cálculo de prestação/taxa de juros: 2.391

3 - Produto com vício: 1.549

4 - Valor de reajuste (mensalidade de contratos): 621

5 - Serviço não fornecido (entrega/instalação/não cumprimento da oferta/contrato): 349

6 - Não entrega/demora na entrega do produto: 344

7 - Cálculo de prestação em atraso: 342

8 - Valor do bem: 337

9 - Reajuste abusivo (preço, taxa, mensalidade, etc.): 271

10 - SAC - Resolução de demandas (ausência de resposta, excesso de prazo, não suspensão imediata da cobrança): 237

Posicionamento

A Cagece, líder no ranking de reclamações ao Procon em 2017, respondeu, por meio de nota, que possui cerca de 700 mil clientes atendidos atualmente em Fortaleza e que, em termos comparativos, o número de reclamações citadas no relatório representa 0,04% dos clientes atendidos atualmente.“A companhia tem empreendido esforços no sentido de atender as demandas solicitadas e ratifica que trabalha constantemente para a melhoria do atendimento”, diz.

Em nota, a Enel esclarece que as 230 reclamações fundamentadas representam cerca de 0,019% do total de clientes atendidos pela distribuidora na capital cearense, que somam 1.182.668 milhões atualmente. “Do total de reclamações, apenas 87 não foram resolvidas, representando um índice de resolutividade de 62,2%”, diz a ainda a nota da companhia.

A Oi frisou que, em 2017, registrou melhoria na satisfação dos clientes, com redução dos indicadores de reclamações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), queda de 23% ante o 4º trimestre de 2016. “A Oi acrescenta ainda que investiu mais de R$ 121,2 milhões no Ceará em 2017, alta de 17% ante igual período de 2016”.

A Caixa destacou que valoriza as informações registradas e as usa como subsídio para modernização do atendimento. “Informa ainda que realiza ações como acompanhamento do tempo de espera para atendimento nos caixas, divulgação de canais de atendimento alternativos como autoatendimento, internet, mobile, caixa-rápido, rede lotérica e correspondentes bancários”.

Em nota, o Bradesco informa que “busca constantemente adotar medidas que aprimorem os serviços prestados, por isso todas as manifestações dos clientes são atenciosamente recebidas, analisadas e respondidas pela Ouvidoria do Banco”. O Itaú Unibanco destacou que o cliente está no centro da proposta de valor da empresa. “Estamos focados na satisfação dos nossos clientes e utilizamos as manifestações encaminhadas para aprimorar nossos serviços e aumentar a eficácia dos nossos canais internos”.

O Banco do Brasil respondeu que “aproveita as manifestações de seus clientes e usuários para melhora contínua do atendimento, dos seus produtos e serviços e a redução da quantidade de reclamações”.

 

A Vivo disse que “vem desenvolvendo melhorias de processos e sistemas para reduzir as reclamações e dúvidas apresentadas pelos clientes aos Órgãos de Defesa do Consumidor”. A empresa ressalta que “os esforços já realizados reduziram em 11% o número de reclamações nos Procons do Brasil, de agosto a dezembro de 2017”.

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