Cabo Sacs entra em operação e promove salto de conectividade em Fortaleza

Cabo submarino da multinacional de Telecomunicações Angola Cables é o primeiro e de menor latência na conexão entre os continentes africano e americano

Escrito por Redação ,

O South Atlantic Cable System (Sacs) entrou oficialmente em operação entre Fortaleza e Luanda (Angola) e está aberto ao tráfego comercial, o que significa dizer que dados já trafegam pelo cabo. A nova rodovia de informação digital tornou-se a primeira e mais rápida ligação entre a África e as Américas. Com a menor latência do mercado, passou a fornecer uma rota mais direta para o tráfego da Internet no Hemisfério Sul.

De acordo com o CEO da Angola Cables, António Nunes, o novo cabo não impacta diretamente na vida das pessoas, mas abre uma diversificação de rotas de comunicação.

"As comunicações passam a ficar mais robustas e passar a ter uma melhor qualidade. As pessoas no seu dia a dia não notarão grande diferença, porém as empresas vão notar uma diferença significativa porque as ligações ficaram mais eficientes para destinos como a Europa, por exemplo. A estrada digital ficou mais curta". 

Segundo Nunes, anteriormente demorava-se 270 milissegundos para as informações chegarem ao Brasil com origem em Angola. "Agora são 63 milissegundos. É uma diferença muito grande do ponto de vista de comunicação". 

Construído e implantado pela renomada companhia japonesa NEC, o cabo submarino da Angola Cables é um dos mais avançados sistemas de telecomunicações submarinos a entrar em operação comercial conectando Angola (África) e Brasil (América do Sul).

“O Sacs traz um salto gigantesco na conectividade transatlântica e terá um impacto profundo na conectividade digital global, ao mesmo tempo em que se espera acelerar a atividade comercial nos setores de TIC e estimular as economias emergentes na América Latina e na África”, explica Nunes.

O cabo permitirá aos provedores de serviços de internet e usuários africanos um caminho mais direto e seguro para as Américas - sem ter que passar pela Europa. Os provedores de serviços da América Latina também poderão se beneficiar com a opção de usar a rota Sacs para alcançar mercados na África e na Europa sem utilizar as tradicionais rotas de tráfego de internet do Hemisfério Norte, tendo agora caminhos alternativos.

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