Alimentação fora de casa sobe 3,72%, mas dentro de casa fica 1,37% mais barata
A alta foi impulsionada pelas refeições e pelo avanço nos preços de doces e cerveja
O consumo de alimentos em restaurantes e lanchonetes continua a pesar no bolso do fortalezense. No 12 meses encerrados em agosto (setembro de 2017 a agosto de 2018), comer fora do domicílio ficou 3,72% mais caro, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores (setembro de 2016 a agosto de 2017), apontam os dados mais recentes da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (setembro de 2017 a agosto de 2018).
O percentual não está muito abaixo da previsão do Relatório de Mercado Focus para a inflação em 2018, que é de 4,15%. Mas está bem acima do IPCA previsto para o mês de agosto de 2018, que permaneceu em 0,00%.
Todos os itens da alimentação fora de casa sofreram inflação. Refeição (5,25%), doces (4,79%) e cerveja (2,81%) registraram as principais altas, enquanto que refrigerante (1,89%) e lanche (1,39%) garantiram as menores variações. No acumulado de janeiro a agosto de 2018, a alimentação fora de casa também avançou 2,94%.
A alta em todos os itens é justificada pelo encarecimento de diversos insumos, ao longo dos últimos meses, afirma Moraes Neto, presidente do Sindicato dos bares, restaurantes, barracas de praia, buffets e similares, do Estado do Ceará (Sindirest).
"Todos esses itens foram puxados para cima pela mesma onda. Houve um reajuste da cerveja e foi repassado agora em julho. Já a refeição ficou mais cara ainda em reflexo da greve dos caminhoneiros. Mas a tendência é que esse preço (das refeições) caia". À planilha de curtos também foram acrescidos o aumento do preço dos combustíveis e da energia elétrica, enumera.
Domicílio
A alimentação em casa, por sua vez, ficou 1,37% mais barata nos 12 meses finalizados em agosto. Já no acumulado deste ano (janeiro a agosto), ante igual recorte do ano passado, entretanto, foi onerada em somente 0,21%.
Mamão (17,48%), alface (16,29%) e produtos em conserva, como atum (12,83%) e sardinha (11,48%), foram os itens que ficaram mais caros ao longo dos 12 meses. Já aqueles a acumularem maior deflação no período foram: feijão mulatinho (-37,35%), cebola (-29,11), e alho (-26,10).
Brasil