Linha Leste tem canteiro desativado com trajeto menor

Medida reflete a mudança no percurso do empreendimento, que foi reduzido do Centro ao Papicu

Escrito por Redação ,
Legenda: Os tapumes utilizados para isolar a área onde ficaria a Estação Edson Queiroz já foram retirados. No local, estão sendo feitos trabalhos de limpeza
Foto: FOTO: KID JÚNIOR

Com o encurtamento do projeto da Linha Leste do Metrô de Fortaleza, o canteiro de obras do que seria a Estação Edson Queiroz, em frente ao Fórum Clóvis Beviláqua, foi desativado e os tapumes que o isolavam, retirados. De acordo com o secretário de Infraestrutura do Estado, Lúcio Gomes, o governo preferiu devolver o espaço à população até que iniciadas as obras para a fase II do projeto, ainda sem previsão. O canteiro já havia sido desmobilizado temporariamente, junto ao da estação que seria localizada em frente ao Colégio Militar, pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) no fim de 2017. No local, estão sendo feitos trabalhos de limpeza, recomposição dos pisos e paisagismo.

Segundo o secretário, foram realizadas obras de contenção no canteiro de obras do bairro Edson Queiroz que poderão ser reaproveitadas quando for executada a fase II da Linha Leste. "Ali foi feita uma parte do serviço, umas pranchas que foram enterradas que ficam preservadas, nada vai ser perdido. No dia que for retomada a obra, conclui a cortina (de contenção), faz a escavação e constrói a estação".

Como o Diário do Nordeste informou com exclusividade em novembro de 2017, o trecho que iria da estação Chico da Silva, no Centro, ao bairro Edson Queiroz foi reduzido até o Papicu para viabilizar o financiamento pelo BNDES. Chamado de fase I, o trecho está em vias de começar a ser executado. Já a fase II da Linha Leste demandará novo processo licitatório no futuro. O governo pretende concentrar esforços para a execução das obras da fase I e sua operação em quatro anos, para depois seguir adiante com o projeto original.

Ordem de serviço

A Seinfra aguarda os trâmites da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para a liberação do financiamento de R$ 1 bilhão pelo BNDES. "Como é um empréstimo, o caminho para a liberação é mais longo, porque exige que a STN analise o processo, as garantias. Por isso, esse caminho vai levar mais uma semana ou duas, vai depender da tramitação interna da secretaria", diz Gomes.

Mas antes que a Seinfra possa expedir a ordem de serviço para início das obras, também é preciso que o consórcio formado pelas construtoras Ferreira Guedes e Sacyr Construcción cumpram uma série de exigências, como o registro do CNPJ na Junta Comercial e o depósito de garantias, que são exigências da licitação. "No momento, o consórcio está providenciando a documentação deles para a assinatura do contrato", aponta o secretário.

Investimento

A primeira fase da Linha Leste deve contar com R$ 1,85 bilhão de três fontes de recursos. O maior volume tem origem no BNDES (R$ 1 bilhão). Já o Ministério das Cidades entrará com R$ 673 milhões. Os restante será de responsabilidade do Estado.

Somente o contrato para a construção da fase I do projeto terá o valor de R$ 1,46 bilhão. Para além disso, a Seinfra ainda prepara uma nova licitação para a aquisição dos trens e para a contratação de uma empresa para gerenciar a execução do projeto. "A secretaria não tem uma equipe permanente para uma obra dessa magnitude, então a gente se obriga a contratar uma empresa para fazer esse serviço de supervisão", afirma Gomes.

Conforme o Diário Oficial do Estado de segunda-feira (9), a concorrência pública nacional para a contratação dessa empresa foi adiada. "Teve um erro em uma fórmula do orçamento e, como alterava o resultado final, tivemos que corrigir o prazo. É um procedimento em busca de transparência", destaca o secretário, lembrando que o processo foi adiado para o fim de agosto.

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