Inflação da RMF salta 1,1%; maior desde 2016

Índice ganhou força e apresentou aceleração ante maio, com destaque para os itens de alimentação (2,1%)

Escrito por Redação ,
Legenda: A batata-inglesa foi o produto com a maior variação de preços em junho, com alta de 23,78%, pressionando o grupo de alimentação e bebidas

A alta nos preços dos produtos de alimentação e bebidas pressionaram a inflação da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) em junho, levando a uma variação de 1,15% - maior desde janeiro de 2016, quando havia atingido 1,45%. O índice local vem apresentando resultado aceleração desde fevereiro de 2018, sendo esta a quarta alta consecutiva. Na comparação com maio, a inflação de junho representa um acréscimo de 0,81 ponto percentual (de 0,34% para 1,15%).

A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi divulgada nessa sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Das nove classes de despesas analisadas no levantamento, o principal destaque ficou por conta do grupo alimentação e bebidas, passando de deflação, ou seja, queda real nos preços, de 0,33% em maio para alta de 2,10% neste mês de junho.

Além dele, habitação (de 1,18% para 1,49%), artigos de residência (de -0,77% para 0,43%), despesas pessoais (de 0,03% para 0,39%) e educação (de 0,01% para 0,10%) também ajudaram a pressionar o índice. Os artigos de vestuário, por sua vez, passaram de uma queda de 0,68% para uma variação de -0,06%. O grupo de saúde e cuidados pessoais passou de 0,52% em maio para 0,45% em junho.

Variação

Entre os itens e subitens que compõem o IPCA, a batata-inglesa foi a campeã na alta dos preços em junho ao registrar variação de 23,78%. Em seguida, aparecem a manga (21,31%) o tomate (15,78%), a goiaba (11,55%) e a cenoura (9,85%). Na contra-mão, a farinha de mandioca registrou queda de preços (-6,19%), juntamente com a cebola (-5,80%), óleo diesel (-4,86%), esponja de limpeza (-4,64%) e o peixe do tipo Cavala (-2,94%).

No acumulado dos seis primeiros meses de 2018, Fortaleza acumula inflação de 2,37%. Já nos últimos 12 meses - de junho de 2017 a junho deste ano - chega a 3,15%.

Cenário nacional

Apesar do salto, o IPCA mensal da Região Metropolitana de Fortaleza ainda é o sexto menor do País. A variação mais expressiva foi observada em Belo Horizonte (1,86%). O mais baixo ficou por conta de Belém (0,69%). No Brasil, a média ficou em 1,26%, maior resultado para o mês desde os 2,26% de junho de 1995. Em âmbito nacional, o resultado de junho foi influenciado fortemente pelo grupo de alimentação e bebidas.

A variação de 1,26% no País em junho representa uma alta de 0,86 ponto percentual ante o resultado de 0,40% registrado em maio e é, segundo o IBGE, a primeira vez que o índice mensal ultrapassa 1% desde janeiro de 2016 (1,27%). Com o resultado de junho, o IPCA acumulado no ano passou a 2,60%. Já a taxa acumulada nos últimos 12 meses subiu para 4,39%. Em junho do ano passado, a taxa fechou com deflação de 0,23%.

Com variação de 2,03%, o grupo alimentação e bebidas, o que mais influenciou o resultado. Entre os itens e subitens, as principais altas ficaram com o leite longa vida (de 2,65% em maio para 15,63% em junho) e o frango inteiro (de -0,99% em maio para 8,02% em junho).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas vestuário, fechou o mês de junho com deflação (-0,16%). Todos os outros fecharam com alta ou estabilidade de preços ante maio, com destaque também para habitação, cuja alta foi de 2,48% e transportes (1,58%).

arte

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.