Indústria presta homenagens

Escrito por Redação ,
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Foto: Tuno Vieira
Na comemoração ao Dia da Indústria, a Ordem do Mérito Industrial, da CNI, foi outorgada a D. Yolanda Queiroz

Críticas às políticas econômica, fiscal e monetária marcaram o tom dos discursos dos presidentes da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Roberto Macêdo, e da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Armando Monteiro Neto, durante a solenidade de comemoração ao Dia da Indústria (ocorrido no dia 25 de maio), na sede da Fiec, ontem à noite em Fortaleza.

Para os líderes industriais o País ainda possui enormes desafios a superar. ´O Brasil tem hoje três grandes desafios a enfrentar: consolidar a estabilidade, construir uma economia competitiva e promover o desenvolvimento com eqüidade´, destacou Monteiro Neto.

Honrarias

A solenidade em comemoração ao Dia da Indústria foi marcada ainda com a outorga das comendas Ordem do Mérito Industrial, conferida pela CNI a D. Yolanda Queiroz, presidente do Grupo Edson Queiroz, que recebeu a honraria das mãos de Armando Monteiro Neto, de Roberto Macêdo, do governador Cid Gomes e do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Paulo Afonso Ferreira.

Pelo lado da Fiec, foi entregue a Medalha do Mérito Industrial, que este ano foi concedida ao industrial Lauro Fiúza Júnior, do Grupo Servtec; ao presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Roberto Smith; e ao marechal Casimiro Montenegro Filho (in memoriam), entregue à sua esposa Maria Antonieta Montenegro.

Em seu discurso de agradecimento, D. Yolanda Queiroz disse que ´as exigências para ser digno de tão criteriosa escolha servem para atestar a correta atuação do Grupo Edson Queiroz nas atividades industriais. Temos certeza de que nos conduzimos como bons empresários e com responsabilidade social´, afirmou.

D. Yolanda lembrou ainda os motivos de ordem sentimental por receber a homenagem. ´Esta solenidade me permite recordar que em 1982 o nosso saudoso Edson foi distinguido com a Medalha do Mérito Industrial, a mesma comenda com a qual fui agraciada em 2001. Homenagem que se renova agora´, disse.

Sustentação

Roberto Macêdo destacou que sem as reformas política, tributária, trabalhista e da previdência não se criará a base sólida de sustentação para o desenvolvimento do País. ´Entram e saem governos e essas reformas básicas, tão necessárias, não são feitas´, afirmou. ´Mas pelo que temos visto com as últimas ocorrências na esfera do Judiciário, com a Operação Furacão; e na esfera do Legislativo, com a Operação Navalha, que envolve o irmão do presidente, nada garante que exista clima para dar velocidade e a profundidade que essas reformas exigem´, ressaltou.

O presidente da Fiec não poupou nem mesmo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). ´O PAC foi lançado há mais de quatro meses e ainda não conseguimos enxergar que já tenha saído do papel´, criticou o empresário.

Macêdo alegou também que é extremamente frustrante que um presidente da República, oriundo de um Estado nordestino, no cargo há mais de quatro anos, não tenha conseguido estruturar em bases sólidas uma política de desenvolvimento regional.

IMPULSO À ECONOMIA
Macêdo pede união de forças pela siderúrgica como presente

A união das forças econômicas, políticas e culturais do Ceará em defesa da siderúrgica, a ser instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém é o presente que o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Roberto Macedo, almeja receber pela passagem do Dia da Indústria, salientou o empresário.

Queremos uma siderúrgica para impulsionar o pólo metalmecânico, uma refinaria, para implementar um pólo petroquímico e a ZPE (Zona de Processamento de Exportações)´, defendeu Macêdo em seu discurso, na noite de ontem.

Batalha

Ressaltou porém, que ´para cada um desses desejos será necessário uma batalha´ e que, no caso da siderúrgica, esse é o momento decisivo. ´O Ceará precisa dessa união, desse esforço conjunto´, conclamou os presentes. Para Macêdo, o Estado e o Nordeste estão cansados de políticas compensatórias.
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