Igor Queiroz traz experiência de gestão dos EUA

Executivos brasileiros também conheceram o trabalho da Integrity Vice Presidency, do Banco Mundial

Escrito por Redação ,

As particularidades da legislação americana de compliance e o contato com as melhores práticas mundiais de combate à corrupção foram abordados nas reuniões que os membros da 2ª Missão Internacional de Compliance da Amcham nos Estados Unidos fizeram na Organização das Nações Unidas (ONU), Departamento do Tesouro (equivalente ao Ministério da Fazenda do Brasil) e Banco Mundial (Bird)na semana passada.

O diretor Institucional do Grupo Edson Queiroz, Igor Queiroz Barroso, participou da missão aos Estados Unidos e destacou a importância que os norte-americanos dão ao termo compliance. "O que chamou mais minha atenção foi o fato de o termo não ser muito discutido no nosso País. Nós temos aqui no Grupo Edson Queiroz, na auditoria, a parte operacional, a parte de sistemas e o compliance. Já estamos aplicando isso aqui. Isso serve para que a gente leve ainda mais a sério essa questão da transparência no Grupo Edson Queiroz", acrescentou o executivo.

A missão, que começou no dia 27 de novembro em Nova York e terminou no dia 1º de dezembro em Washington, foi formada por 19 executivos de 17 empresas brasileiras com o objetivo de realizar atualização profissional e networking estratégico.

"A gente começou conversando com advogados que trabalham para empresas para depois ir para o grande evento deles, o FCPA Conference. Lá, nos Estados Unidos, eles têm uma lei desenhada para perseguir empresas que estejam trabalhando dessa forma, com a corrupção, com desvio de dinheiro para o terrorismo, tráfico de drogas e de pessoas", afirmou Igor Queiroz.

Segundo ele, a corrupção gera um desvio no mercado "porque se eu lhe corrompo você vai ter uma vantagem competitiva que está errada". "Nada de bom advém da corrupção. Por isso eles são fortemente contra a corrupção exatamente para ter um mercado mais correto".

Visita à ONU

O principal compromisso do grupo em Nova York foi a reunião com os especialistas do Pacto Global da ONU, que apresentaram o trabalho anticorrupção da organização e o funcionamento de um programa geral de controle interno contra a corrupção. O Pacto Global é uma iniciativa da entidade para incentivar a adoção de políticas corporativas de responsabilidade social e sustentabilidade.

"Nos discursos da ONU, a gente percebe a equidade de gêneros e o objetivo de acabar com a miséria no mundo, além da diversidade cultural, com a presença forte da mulher", destacou o empresário.

Conferência

A missão seguiu para Washington logo no dia 28 do último mês. Lá, o grupo participou do maior evento de compliance do mundo, o FCPA Conference. Em sua 34ª edição, o FCPA reuniu as principais autoridades, empresários e profissionais da área anticorrupção e conformidade do mundo.

"Em um país do tamanho do nosso, quanto mais a gente colocar a iniciativa privada e a competição de mercado pra oferecer para a sociedade os bens e serviços que ela precisa, eu acredito que melhor será; e ter efetivamente um sistema regulador no departamento de justiça pra garantir que esses mercados vão competir pagando todos os tributos e sem abusar do trabalho humano e dando oportunidades para homens e mulheres. É uma questão de transparência", observou Igor Queiroz.

Exemplo

No último dia da missão, o grupo de empresários visitou ainda o Departamento do Tesouro e Banco Mundial. No Tesouro, os integrantes da missão foram atualizados sobre aspectos legais de compliance na regulamentação americana, e determinantes para empresas que querem fazer negócios nos Estados Unidos.

Antes de embarcar de volta para o Brasil, os executivos brasileiros também conheceram o trabalho da Integrity Vice Presidency (INT), unidade independente do Banco Mundial que investiga suspeitas de fraude e corrupção em projetos financiados pela Instituição.

Contribuição

"A preocupação de Edson Queiroz com a sociedade era tão grande que ele fundou uma universidade, a Universidade de Fortaleza (Unifor). Desde o começo, na família Queiroz já havia essa preocupação de gerar emprego, renda e desenvolvimento através da educação. O Grupo já foi criado na gênese dessa maneira. Sinto-me honrado e orgulhoso de contribuir com esse legado e de participar de missões como essa e trazer esses exemplos para a nossa empresa", finalizou o executivo.

Fique por dentro

Como se dá a aplicação do compliance

Segundo a Endeavor Brasil, comply, em inglês, significa "agir em sintonia com as regras". Compliance, em termos didáticos, significa estar absolutamente em linha com normas, controles internos e externos, além de todas as políticas e diretrizes estabelecidas para o negócio. É a atividade de assegurar que a empresa está cumprindo à risca todas as imposições dos órgãos de regulamentação, dentro de todos os padrões exigidos de seu segmento. E isso vale para as esferas trabalhista, fiscal, contábil, financeira, ambiental, jurídica, previdenciária, ética, etc. São dezenas as imposições regulatórias com as quais o empreendedor pode se preocupar. E basta uma pequena falha para que a empresa seja onerada com restrições legais, multas, punições judiciais, além, é claro, com a mácula em sua reputação.

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