Fomentar empreendedorismo é saída para economia crescer

Assunto foi tema de palestra proferida, ontem, pelo diretor do Grupo Edson Queiroz, Edson Queiroz Neto

Escrito por Redação ,
Legenda: Durante o evento realizado pelo Ibef Ceará, o empresário Edson Queiroz Neto destacou a importância da união e da organização do setor produtivo para fortalecer sua representatividade e pleitear ações para destravar a economia

Fomentar o empreendedorismo e apoiar as pessoas e as ideias é um dos principais caminhos para alavancar o crescimento econômico do País. A avaliação é do diretor do Grupo Edson Queiroz, Edson Queiroz Neto, que proferiu, ontem (10), palestra a convite do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef).

"O governo tem que ajudar", disse. "O que está faltando é que o brasileiro seja educado, preparado, para possibilitar essa alavancagem do nosso País. Mas nós temos problemas estruturais, com toda essa falta de transparência, de liberdade para o mercado", disse Edson Queiroz Neto aos empresários presentes ao evento, ressaltando o desejo de que seu filho também fosse um empreendedor.

O diretor do Grupo Edson Queiroz também destacou a importância da educação como fator fundamental para o crescimento sustentável. "Educação leva um tempo maior, mas como todos nós sabemos, uma empresa deve estar pensando em longo, médio e curto prazo", disse.

"Para transformar o que nós temos hoje, tem de ser por meio da educação. Entre as questões mais pontuais, eu acredito que por carência dessa educação, o brasileiro tem um entendimento distorcido da realidade. Nós ainda não entendemos o que é uma economia de mercado".

Burocracia

O empresário acrescentou que, hoje, um dos principais entraves para o crescimento das empresas e, consequentemente, para o desenvolvimento econômico do País, a burocracia, obstáculo que pode ser combatido com medidas de curto e médio prazo.

"No momento, (esse) seria o primeiro ponto a ser atacado para estimular a economia brasileira", disse Edson Queiroz Neto, durante o café da manhã com membros do Ibef, no qual abordou temas econômicos e possíveis cenários para o País. "Tem muita coisa de curto prazo para ser feita em nosso País. Eu entendo que no curto prazo, é a redução da burocracia", acrescentou.

Para o empresário, o setor produtivo brasileiro precisa de união e organização para fortalecer sua representatividade e pleitear ações voltadas para destravar a economia. "Eu entendo que nós estamos desorganizados. (...) E sempre coloco a questão da organização para agir no presente, unir as pessoas para que se intensifique a representatividade", disse. "O mercado tem uma velocidade que tem que ser atendida com uma normatização que permita atender essa natureza do mercado".

Expectativa

Sobre as expectativas para o País, Edson Queiroz Neto citou o potencial de crescimento da classe média brasileira, a exemplo do que ocorre em países desenvolvidos. "O que os Estados Unidos fizeram, de forma exemplar, foi criar uma classe média robusta que movimenta a economia deles. Nós temos a possibilidade de criar isso. É questão de visão, planejamento, programação e gestão", disse o empresário, durante a palestra.

Quanto ao setor público, o empresário ressaltou que ainda há muito espaço para redução da máquina administrativa tanto na esfera federal como estadual. E que é preciso criar políticas que incentivem o livre mercado. "O que mais traz desenvolvimento é a livre concorrência, é essa livre concorrência ser analisada financeiramente de uma forma objetiva, sem distorção, sem o governo intervir".

Para Edson Queiroz Neto, a melhoria do ambiente para o empreendedorismo também é uma forma de conter a fuga de brasileiros para o exterior. "Eu acredito num futuro muito promissor para o nosso País, mas o brasileiro bom tem que ficar aqui. Não pode ir para Miami, Portugal, tem que ficar aqui. Tem que ficar aqui e trabalhar, porque se sair daqui, como é que a gente faz a mudança?", questionou. "Eu acredito no nosso País, eu acredito no brasileiro. Eu entendo que a gente precisa ter objetividade e pragmatismo com a nossa realidade", acrescentou.

'Percepções e momentos'

Para Raul dos Santos, presidente do Ibef Ceará, a participação de empreendedores locais no evento busca criar um "ambiente de otimismo responsável" para os membros da entidade. "A ideia é trazer bons empreendedores para que eles se exponham e coloquem na mesa suas crenças, para que mais na frente nós tenhamos um bom futuro para o País", disse. Raul dos Santos destacou ainda que, o Ibef busca fomentar o empreendedorismo, motivar as pessoas, "mas sem nenhum tipo de ilusão". "Acho que a gente está precisando de otimismo e motivação".

Sobre a apresentação de Edson Neto, o presidente do Ibef Ceará destacou sua crença no Brasil. "Você vê um empresário como o Edson Neto que vem aqui se expor e que acredita no nosso País. Como foi relatado por ele, aqui, por que ir embora do Brasil se você tem tanta oportunidade aqui? Então essa questão do empreendedorismo, do apego à nossa pátria, esse tipo de coisa a gente tem que valorizar, para inspirar outras pessoas".

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