Estado e Prefeitura injetam R$ 1,7 bi na economia local

Parcela do abono será paga aos servidores municipais no dia 18/6. Funcionários estaduais receberão em 6 de julho

Escrito por Redação ,
Legenda: Varejo cearense espera que parte dos recursos seja utilizada pelos servidores para a realização de compras, aquecendo a economia local

Os pagamentos da primeira parcela do 13º e do salário normal dos servidores, aposentados e pensionistas do Estado e da Prefeitura de Fortaleza vão injetar mais de R$ 1,7 bilhão na economia cearense entre junho e julho. Apenas com o 13º, o desembolso será de R$ 542 milhões. O pagamento dos trabalhadores vinculados à Prefeitura será no dia 18 de junho e o dos servidores do Estado, em 6 de julho deste ano.

"São R$ 910 milhões da folha normal de pagamento e mais R$ 455 milhões da primeira parcela. É uma injeção de dinheiro na economia e mexe com o comércio e com o turismo", afirmou ontem o governador do Ceará, Camilo Santana, em conversa com internautas.

Segundo ele, serão beneficiados mais de 80 mil servidores ativos, 57,8 mil aposentados e outros 18 mil pensionistas. "Tem Estado onde o 13º está atrasado, pagando parcelado. Nós somos o Estado que mais faz investimento público no País e este dinheiro é uma injeção muito importante na economia cearense", acrescenta Camilo.

Município

Pela Prefeitura de Fortaleza, serão depositados 40% do valor total do benefício. "Como em todos os anos da gestão Roberto Cláudio, a Prefeitura antecipa o pagamento. Essa primeira parcela totaliza R$ 87 milhões, contemplando 36.155 servidores ativos e 15.850 aposentados e pensionistas", informou em nota a Secretaria de Finanças do Município (Sefin).

O montante depositado pela Prefeitura de Fortaleza na primeira parcela do 13º salário somado ao pagamento do salário dos servidores de julho, segundo cálculos do Fisco municipal, deve injetar R$ 457 milhões na economia da Capital cearense no intervalo de 30 dias.

A nota enviada pela Secretaria de Finanças do Município destaca ainda que a antecipação do pagamento mantém "uma prática iniciada ainda no primeiro ano do governo atual". A maioria das pessoas deve usar o valor para pagar contas ou realizar compras, aquecendo a economia da Capital.

Expectativa

De fato, o montante gera uma cadeia de expectativas entre empresários do comércio em torno deste dinheiro extra, sobretudo nestas primeiras semanas após o encerramento da greve dos caminhoneiros, que durou onze dias e foi suspensa no último dia 31. Cid Alves, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojistas de Fortaleza (Sindilojas), afirma que o setor vinha numa crescente constante que foi interrompida pela paralisação.

"Com a greve dos caminhoneiros, a taxa das vendas apresentou uma redução e ainda hoje alguns lojistas estão sofrendo com desabastecimentos pontuais, pois os caminhoneiros ainda estão em fase de ajuste, bem como os estoques", afirma. Ele acredita, no entanto, que a chegada da primeira parcela do 13º vai ajudar na continuidade dessa curva ascendente. Cid ressalta que nem todo o dinheiro disponível irá para o comércio. "Uma das principais prioridade para essa renda é o pagamento de dívidas. Depois da recuperação do poder de compra, aí os consumidores pensam em comprar", destaca Alves. Diante das informações ainda preliminares, ele estima que as vendas sofram incremento que varia entre 3% e 4%

Para Maurício Filizola, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), os lojistas devem se preparar ao máximo para ter os melhores resultados possíveis com essa injeção.

"Enquanto federação, o que nós temos que fazer é ter a certeza de que os empresários estão cientes deste montante e tentar ao máximo tirar proveito disso, oferecendo promoções, aproveitando as datas comemorativas que devem estar dentro do período, nos organizar para que as vendas de fato se consolidem", afirma o presidente.

Turismo

Além do comércio varejista, o setor de turismo também deve receber um grande impacto do pagamento da primeira parcela do 13º salário, aliado ao período de alta estação.

"O turismo é um dos principais pontos que devem ser beneficiados nessa entrada de dinheiro no mercado. O mês de julho está próximo, é o mês das férias escolares e que algumas pessoas também aproveitam para tirar suas férias individuais. Isso contribui para que os serviços de turismo se apresentem com maior força", destaca o presidente da Fecomércio-CE.

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