Egídio Serpa: Uma base aliada que dificulta a mudança

Escrito por Egídio Serpa , egidioserpa@diariodonordeste.com.br

É difícil mudar o Brasil. E o Ceará, também. O governador Camilo Santana, reeleito com quase 80% dos votos válidos, quer - na nova composição do seu secretariado - mudar o comando da Secretaria da Fazenda, mas está sendo obstruído pelo partido majoritário de sua base aliada no Legislativo, que tenta manter o "status quo". Antes desse desejo, ele pretendeu reduzir para apenas 14 o número de secretarias, mas a mesma base e seus 20 partidos tanto o pressionaram que ele esticou para 21. Resultado, o sonho de uma equipe meritocrática e técnica é agora uma frustração. Em Minas Gerais, o governador eleito, Romeu Zema, do Partido Novo, deu as costas para a chantagem política e está montando seu time de secretários com talentos selecionados com a ajuda de empresa especializada em RH.

Capitanias

Algumas federações patronais transformaram-se em capitanias hereditárias, literalmente. O exemplo mais visível está no Maranhão, cuja presidência da Federação das Indústrias passou de pai para filho. Na Firjan, a presidência da entidade não se renova há 20 anos. Na Paraíba, a sua Federação das Indústrias acaba de reeleger, para mais quatro anos de mandato, o seu atual presidente, no cargo há 20 anos. No Ceará, a Fiec, que permitia uma só reeleição, extinguiu-a.

Perigo!

Se for sancionada pelo governador Camilo Santana - e virar Lei - a proibição de pulverização aérea com defensivos agrícolas sobre áreas cultivadas pela agricultura empresarial cearense tornará inviável a plantação de bananas nas regiões do Cariri e da Chapada do Araripe. A bananicultura cearense, que dá emprego a centenas de pessoas, utiliza moderna tecnologia de produção. A banana produzida na Chapada do Apodi, da variedade Cavendish, é exportada para a Europa.

Liminar

Empresas da construção pesada celebram decisão liminar da Justiça Federal que mandou o Dnit readequar os contratos com suas empreiteiras aos novos preços dos produtos asfálticos, que subiram 90% desde julho de 2017. As que têm contratos com o Governo do Ceará aguardam que se faça aqui também essa readequação.

Informa a secretaria de Turismo do Governo do Ceará: a França com 18,78% , a Itália com 11,73%, Portugal com 11,42%, a Alemanha com 9,63%, a Argentina com 9,13%, a Holanda com 7,56% e a Suíça com 4,06% são os principais polos emissores de turistas para o Aeroporto de Fortaleza. Esses percentuais crescerão em 2019.

Alô, AMC! caminhões pesados ainda continuam circulando pelo Centro da cidade de Fortaleza, o que é proibido. O tráfego pesado deve ser feito pela CE-010 - a Estrada da Sabiaguaba, via de ligação com o Anel Viário que, por sua vez, leva às BRs 116, 020 e 222 e à rodovia de acesso ao Porto do Pecém. É bom apertar a fiscalização.

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