Egídio Serpa: do palanque ao Planalto

Escrito por Egídio Serpa , egidio.serpa@diariodonordeste.com.br

Na prática, a teoria é diferente. Jair Bolsonaro dizia e repetia que, se eleito, nomearia seus ministros pelo critério técnico. E afirmava que enxugaria o tamanho do Governo, a começar pela fusão dos ministérios, que seriam apenas 15. E citava os da Agricultura e do Meio Ambiente, que se juntariam em um só. E os da Fazenda, Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior, que também seriam um. Houve reação, e ele já mudou o discurso. Onix Lorenzonni, chefe da Casa Civil de um eventual governo Bolsonaro, admite que deputados derrotados na eleição no último dia 7 poderão ser ministros. A fusão de ministérios, como se vê, não será como vinha prometendo o candidato do PSL. Será que testemunharemos um novo estelionato eleitoral? Pelo lado do candidato do PT, Fernando Haddad, a promessa é que, no primeiro dia do mandato, dará aumento de 20% ao valor mensal do Bolsa Família e elevará o valor do salário mínimo acima da inflação. É uma promessa irresponsável: as contas do Governo estão deficitárias. De onde ele tirará dinheiro para cobrir essas promessas? O que dirão os prefeitos dos mais de 5.500 municípios do País, que não têm recursos sequer para manter em dia a folha de pagamento do seu quadro de servidores? E a Previdência, gravemente deficitária, como encarará mais essa despesa? A Nação espera que a eleição de domingo seja a solução para a crise social, econômica, financeira, ética e moral que o Brasil atravessa. Mas, pelo que se lê e ouve dos dois candidatos, essa solução parece difícil.

DO IOCS AO DNOCS

No princípio, era a IOCS (Inspetoria de Obras contra as Secas). Depois, em 1919, virou IFOCS, com o F de Federal. Em, 1945, mudou de nome outra vez e passou a chamar-se Dnocs, que no início de 1964 ganhou status de autarquia, com autonomia administrativa, técnica e financeira. Hoje, o Dnocs aniversaria. Nos seus anos de ouro, o Dnocs construiu a base rodoviária, aeroportuária e hídrica do semiárido nordestino, graças à sua maravilhosa equipe de engenheiros e pesquisadores, da qual fizeram parte gigantes como Paulo de Brito Guerra, Joaquim Gondim, Guimarães Duque, Ayres de Souza, Piquet Carneiro, Arthur Lima Campos, Luiz Augusto Vieira, Ribeiro Gonçalves, Carlos Bastos Tigre, Thomaz Pompeu Sobrinho, Osmar Fontenele, Rui Simões de Menezes, Stanley Fortes Batista, Genésio Martins de Artaújo e Jairo Araripe.

NA ESPANHA

Luiz Roberto Barcelos, presidente da Abrafrutas e sócio e diretor da Agrícola Famosa, retorna hoje de Madri, via Lisboa, onde comandou o estande do Brasil na Fruit Attraction, que já é a segunda maior feira mundial de frutas e hortaliças. Ontem, na capital espanhola, ele almoçou com o pecuarista Luiz Girão, terceiro maior produtor de leite do Ceará e fundador da Betânia Lácteos. Durante todo o almoço, conversaram só sobre o segundo turno da eleição presidencial brasileira, que se realizará domingo, 28.

CEARÁ E ITÁLIA

Tornaram-se parceiras a Câmara de Comércio Ítalo-brasileira e a Escola Superior de Advocacia da OAB-Ceará. Ambas promoverão curso de capacitação no âmbito das relações comerciais, trabalhistas e temas gerais relacionados ao Brasil e à Itália. Os italianos lideram o número de investidores estrangeiros no Ceará - são quase mil. Esses investimentos chegam a US$ 250 milhões (cerca de R$ 1 bilhão).

GOL NA INOVAÇÃO

Maior empresa aérea do País, a Gol Linhas Inteligentes está abrindo a GOLlabs, uma nova unidade de negócios focada em desenvolver tecnologia e inovação para produtos de serviços. Ótimo, mas seria também oportuno se a Gol oferecesse mais conforto aos passageiros dos seus aviões, que viajam como se sardinhas fossem, tão estreito é o espaço entre as filas de poltronas. Imagine viajar sete horas de Fortaleza para Miami ou Orlando, a partir de novembro, nessas condições.

CENÁRIO

Lauro Chaves Neto, presidente do Corecon, falará 2ª feira, às 8h30, para os associados do CRECI-Ceará - Conselho Regional de Corretores de Imóveis. Ele desenhará o cenário cinzento-escuro, quase negro, que o futuro presidente terá de enfrentar pelos próximos quatro anos. Uma tarefa quase impossível.

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