Egídio Serpa: Ceará se abre para o mundo

Escrito por Redação ,

O grande potencial do Porto do Pecém para operar diferentes tipos de cargas foi um dos pontos que despertou interesse por parte do Porto de Roterdã, que formalizou, em outubro, parceria com o Governo do Ceará para participar da administração do Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Nesa sexta-feira (9), o governador Camilo Santana apresentou, na Holanda, as oportunidades de novos negócios no Estado para empresários europeus.

"A partir do momento em que conhecem melhor o Ceará, os empresários passam a vislumbrar a possibilidade de investir em nosso Estado. Vivemos um momento importante da nossa economia e vamos mostrar cada vez mais o Ceará para o mundo, para atrair novas empresas e desenvolver cada vez mais nossa economia", afirmou o governador Camilo Santana, destacando, ainda, os diferenciais do Ceará, como a localização geográfica estratégica, o equilíbrio fiscal do Estado, os investimentos em infraestrutura e os hubs portuário, aéreo e tecnológico.

O secretário do Desenvolvimento Econômico do Estado, Cesar Ribeiro, que também participou do evento, ressaltou que a parceria entre os portos do Pecém e Roterdã gera expectativas muito positivas para o Ceará e para os que fazem o Porto de Roterdã. Ele disse, ainda que, o CEO do Porto de Roterdã, Allard Castelein, acredita no êxito da parceria, com geração de novas oportunidades e negócios para Ceará.

Após a apresentação do governador Camilo Santana, foi celebrada a parceria entre os dois portos. Agora, o Pecém passa a ser incluído na rede mundial de portos ligados ao Porto de Roterdã, um dos maiores e mais importantes do mundo. O evento também contou com a presença do representante do Governo Municipal de Roterdã, Adriaan Visser, da embaixadora do Brasil nos Países Baixos, Regina Maria Cordeiro Dunlop, do chefe de Gabinete do Estado do Ceará, Élcio Batista, do presidente do Cipp S.A, Danilo Serpa, e do presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Beto Studart.

PÁS EÓLICAS

Destaque entre os estados produtores de energia eólica, o Ceará também tem ganhado cada vez mais relevância na produção de equipamentos para o setor, atraindo indústrias como a Vestas, que anunciou recentemente a instalação de uma nova unidade no Estado, e também na exportação de pás eólicas. Somente de janeiro a novembro deste ano, o Ceará já exportou 522 pás eólicas por meio do Porto do Pecém. O número representa um crescimento de 43% em relação a igual período do ano passado. As informações são do Cipp S.A, empresa que administra o Porto do Pecém, que acaba de firmar parceria com o Porto de Roterdã, na Holanda. "Nós estamos sempre em busca de ampliar nossas operações, e de modo que possamos ganhar em eficiência, respeitando os padrões de segurança. Temos capacidade de operar e receber qualquer tipo de carga. Estamos prontos para esse novo momento de crescimento e de maior destaque internacional, o que vai exigir de nós cada vez mais um preparo e versatilidade nas operações", afirma o presidente do Cipp S.A, Danilo Serpa.

De acordo com o Cipp S.A, a operação mais recente ocorreu nesta semana, quando um navio partiu do Porto do Pecém para a Alemanha carregando 48 pás eólicas. Segundo Carlos Alberto Alves, gerente da Tecer Terminais Portuários, que coordenou a operação, o carregamento desse navio foi realizado utilizando guindastes do tipo MHC, que são móveis, demonstrando as inovações e a capacidade de operação do porto cearense.

A operação de pás eólicas no Porto do Pecém começou a ser realizada no ano de 2012. Desde então, já foram exportadas quase três mil pás eólicas por meio do porto cearense. Desse total, mais de 50% foram movimentados nos últimos três anos.

HUB DE INOVAÇÃO

Inovar é a palavra-chave para quem quer crescer, sobretudo em um cenário econômico não tão favorável. Isso vale para empresas e profissionais. Desenvolvida com base em inovação, a Smart City Laguna, empreendimento do Grupo Planet em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza, acaba de anunciar que terá um Hub de Inovação, no qual os moradores da cidade poderão experimentar e aprender com uma seleção de produtos inovadores adequados à cidade. "Nosso intuito é que a cidade seja vista como um parque tecnológico que atrairá investimentos e gerará retornos econômicos para moradores e investidores", explica Susanna Marchionni, CEO no Brasil do Grupo Planet.

A coluna foi redigida pela jornalista Dháfine Mazza.

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