Dólar sobe mais de 2% e fecha cotado a R$ 4,15

Escrito por Redação ,
Legenda: A moeda manteve-se em alta durante todo o dia, influenciada por fatores internos e externos

São Paulo. O dólar recuperou nessa segunda-feira (3), praticamente toda a queda de 2,15% ante o real ocorrida na última sexta-feira, diante de mais uma onda de pressão sobre divisas emergentes, sobretudo sobre o peso argentino, que perdeu 4,60% nesta sessão. Também pesa sobre o câmbio doméstico a cautela com o cenário eleitoral, com os investidores à espera das próximas pesquisas de intenção de voto para presidente. O feriado do Dia do Trabalho nos EUA reduziu bastante a liquidez nos mercados, o que reforçou a postura defensiva dos investidores.

O dólar manteve-se em alta durante todo o dia e, após bater máxima de 2,24% (R$ 4,1556) já na reta final do pregão, fechou com valorização de 2,12%, aos R$ 4,1506. O volume negociado foi de US$ 608,112 milhões.

"A crise na Argentina continua pressionando outras divisas emergentes, pelo temor de contágio", comenta Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. "Mesmo com o anúncio do pacote econômico e o apoio do FMI, se não fizer as reformas necessárias, a Argentina não vai receber dinheiro do Fundo", comentou.

Bovespa

Com o volume financeiro reduzido à metade, devido ao feriado nos Estados Unidos, o Índice Bovespa cedeu às ordens de venda e fechou em baixa de 0,63% nessa segunda, aos 76 192,73 pontos. Os negócios somaram R$ 4,7 bilhões. Aversão ao risco no exterior, alta do dólar e as persistentes dúvidas quanto ao cenário eleitoral doméstico continuaram retrair o investidor. Com isso, ficou em segundo plano a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de rejeitar o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre as ações que compõem a carteira do Ibovespa, a maior alta foi da Suzano ON (3,66%). Também foram destaque as exportadoras Klabin (2,76%), BRF ON (1,34%) e CSN ON (0,80%). Vale ON, ação de maior peso do Ibovespa, subiu 0,80%.

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